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sábado, 9 de dezembro de 2017

Violência? Respeito, sim; claques, não

"Claques, com ou sem papel passado, não têm de obter apoios especiais.

Com uma política desportiva que parece centrar-se na comunicação, a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) dificilmente procurará o recato para tratar, em profundidade e com os parceiros, o cancro da violência no futebol. A arbitragem também se expõe, os directores de comunicação não passam de papagaios digitais, os directores-gerais são incendiários com assento nos bancos de suplentes, os presidentes avalizam a pouca-vergonha e o ministro da Educação remata com o pé que tem mais à mão: "O futebol não pode ser um reality show." Entretanto, árbitros e jogadores continuam a ser agredidos. E adeptos a morrer.
A FPF, para atacar a maligna doença e as metástases, propõe um curso de formação para dirigentes e uma melhor política de apoios e regulação das claques. O curso é dispensável – basta voltarmos a ter respeito por nós e pelos outros. Quanto às claques, um sorvedouro de dinheiros públicos, o problema não se coloca. Com ou sem papel passado, não têm de obter apoios especiais.
Querem ir ao futebol? Vão, mas como qualquer espectador, com ou sem cachecol, podendo apoiar, sem obediência a macacadas, o seu clube. Por isso, a FPF escusa de defender a criação de uma autoridade virada para a segurança e o combate à violência no desporto. As polícias e os tribunais chegam – em causa está, tão-só, a lei e a ordem. Tatcher e Inglaterra explicaram, há muito, como se faz."

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