"A propósito de declarações de Xavi Hernández, antigo jogador do Barcelona e um dos seus melhores executantes no meio-campo. Xavi afirmou: " o Barcelona, actualmente, não tem jogadores juvenis que crescem no clube e chegam à equipa principal, como foi o meu caso, o de Messi e de Iniesta.
A resposta do presidente do Barcelona, Josep María Bartomeu não deixou de ser curiosa e interessante: " o problema é Xavi, Iniesta e Messi. É difícil ser jogador e ter que enfrentar Leo Messi, Neymar, Xavi, Iniesta, Busquets ou Piqué. É muito complicado estar numa equipa assim".
Não deixa de ter razão. Durante os anos que jogou Xavi, no Barcelona, houve 15 jogadores jovens que jogaram na sua posição e tiveram que abandonar o Barcelona.
O verdadeiro problema é a falta de oportunidades dos jogadores mais jovens e a aposta dos treinadores. A coragem para o fazer é complicada. Os clubes preferem o imediatismo e os resultados.
Zidane, o ano passado fez rotações de jogadores e deu oportunidades a muitos jogadores novos. Resultou, foi benéfico para quem é mais novo e tornou-se uma mais-valia em termos desportivos e económicos. Jogadores como Isco, Nacho, Asensio, Lucas Vazquez.
O problema dos jogadores jovens, uns formados nas camadas jovens, outros que chegam de novo, é ficarem sem hipóteses e procuram ter mais minutos e jogarem.
O busílis é dos jogadores vedetas que têm uma enorme influência no balneário. Por outro lado, não há rotação de jogadores, os que têm estatuto de titulares querem jogar sempre.
O poder de um balneário com figuras deste calibre é abismal. Recordo-me o que Ronaldo passou para ser aceite como titular na selecção nacional com vedetas como Figo, Rui Costa e Fernando Couto.
Os jogadores têm peso e poder em muitas das decisões desportivas, económicas e estratégicas de um clube.
Os jogadores mais caros gozam da influência de empresários junto do treinador e até do presidente para jogarem e fazerem parte das convocatórias.
É muito complicado para um jogador jovem, indefeso com um baixo salário bater-se com os grandes do futebol.
Cada vez mais é preciso regular o mercado e estipular valores decentes para os jogadores. Como se vê com Neymar, uma cláusula de rescisão não é um obstáculo intransponível.
Repare-se que Neymar vai para o PSG e não se fala em colmatar a sua saída com um jogador jovem ou feito na casa. Já se fala em Hazard, Griezmann ou Coutinho, como alternativa, e o pior, a qualquer preço.
Uma das formas de proteger os jogadores jovens era exigir um número mínimo desses jogadores numa equipa principal fossem formados nas camadas jovens do clube, ou não.
A culpa é dos jogadores e de quem os rodeia. O mercado do futebol está louco mas não é para jovens."
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