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sábado, 30 de agosto de 2025

Sorteio da Champions: ninguém se ficou a rir


"Não será nada fácil a Sporting e Benfica conseguirem fazer 10 a 12 pontos com este sorteio. Mas até os tubarões se podem queixar. Esta é a beleza da nova versão da Champions

A nova versão da UEFA Champions League tem o mérito de causar mais dúvidas que certezas, um valor que enriquece qualquer competição. A edição da temporada passada foi um upgrade, consensualmente considerada um sucesso, não só pela última imagem que ficou (meias-finais e final, apesar de desnivelada), mas também pelas primeiras, porque desde cedo as equipas participantes perceberam que todos os jogos, sem exceção, contam.
É bom recordar que o PSG, campeão em título, esteve perto de nem sequer passar a fase de liga e o candidato Manchester City esteve na iminência de ser eliminado. Na última jornada, quase tudo estava em aberto, de cima a baixo da classificação, inclusive para os dois participantes portugueses, Benfica e Sporting, cujo bilhete para as rondas a eliminar foi imprimido perto do apito final.
Passado um ano, treinadores e jogadores estão mais cientes da dificuldade que é jogar nesta competição e agora já saberão que serão precisos pelo menos 10 a 12 pontos para não ficarem pelo caminho. Analisando o sorteio, não há razões para pessimismo nem otimismo. O (elevado) grau de dificuldade é muito semelhante, com essa coincidência de, tal como em 2024/25, ambos defrontarem as mesmas duas equipas italianas.
Teoricamente, o Sporting tem de aspirar a fazer sete a nove pontos nas receções a Club Brugge, Marselha e Kairat (PSG é o outro visitante), estando obrigado a fazer pelo menos dois a quatro pontos nos estádios de Bayern, Juventus, Nápoles e Athletic Bilbao. Difícil, mas não impossível.
No caso das águias, a missão também é espinhosa, talvez ainda mais nos jogos em casa comparativamente ao rival: fazer sete a nove pontos frente a Real Madrid, Leverkusen, Nápoles e Qarabag e uma margem confortável (não menos que três pontos) nas deslocações aos terrenos do Chelsea, Juventus, Ajax e Newcastle. Nada que não tenha sido feito no passado.
Valha a verdade que não é só em Portugal que se franzem os sobrolhos. Uma das características deste sorteio é pôr todos os clubes em sofrimento antecipado. Os calendários afiguram-se difíceis para todos, porque até os tubarões sabem que terão pela frente não um adversário forte, mas dois, três,quatro. Veja-se o caso do Real Madrid, obrigado a defrontar Man. City e Liverpool ou o Inter que terá de jogar contra Liverpool, Arsenal, Dortmund e Atl. Madrid. Aos nossos representantes resta, portanto, ir com tudo."

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