"Quis o destino que, neste seu regresso ao Benfica, Bruno Lage se estreasse precisamente diante da equipa contra a qual festejou o 37.º em 2019. Diga-se que o Santa Clara foi também o adversário com quem selámos o 38.º, pelo que se trata de um emblema que nos traz gratas recordações. Para quem seja supersticioso pode ser um bom augúrio.
Bruno Lage volta então, quatro anos depois, à sua casa. Foi a escolha do presidente, e a partir desse momento é o treinador de todos os benfiquistas. Cada adepto teria naturalmente a sua preferência. A minha era Pep Guardiola. No mundo real, creio que Bruno Lage foi uma opção acertadíssima - conhece o Clube, conhece o campeonato, e neste contexto, já com o temporada em curso, há que dispensar períodos de adaptação e começar rapidamente a vencer. O passado de Bruno Lage no Clube é indubitavelmente ganhador. Em 2019 encetou uma das mais notáveis recuperações da história da liga portuguesa, pegando na equipa em 4.º lugar e a 7 pontos da liderança, terminando campeão com grandes brilhantismo, com várias goleadas, e com triunfos em Alvalade, no Dragão e em Braga. Na temporada seguinte arrancou com uma fabulosa sequência de 18 vitórias nos primeiros 19 jogos. O que se passou depois foi estranhíssimo, mas estou convicto de que não terá sido por incompetência do treinador que o Benfica então caiu abruptamente - basta olhar ao testemunho de vários jogadores que na altura integravam a equipa, e não se cansam de elogiar o técnico setubalense.
Outra das caraterísticas de Lage é o seu percurso e a sua aposta na formação. Foi ele, de resto, quem lançou João Félix, entre outros jovens talentosos dos quais apenas. Florentino permanece na Luz. Em 2018/19 era ainda mais difícil (a desvantagem era maior e faltavam menos jornadas). Em 2024/25 também vamos conseguir."
Luís Fialho, in O Benfica
Sem comentários:
Enviar um comentário
A opinião de um glorioso indefectível é sempre muito bem vinda.
Junte a sua voz à nossa. Pelo Benfica! Sempre!