"A Crónica: O Sonho Adormecido De 2018 Durou Duas Horas, Mas João Mário Dá A Vitória Às Águias
Duas equipas que não sabem o que é perder, na atual temporada, defrontaram-se na terceira eliminatória da Taça de Portugal. Ambas vinham de empates fora de portas, o Caldas SC na casa do FC Alverca (0-0), duelo a contar para a quinta jornada da Liga 3, e o SL Benfica perante o Paris Saint-Germain FC, em Paris, no quarto jogo da fase de grupos da Liga dos Campeões (1-1).
O conjunto de José Vala “encontrou” um Campo da Mata, bem-composto, para receber os encarnados com os adeptos eufóricos, o que motivou o Caldas a entrar a todo o “gás” na partida, condicionando a saída de bola do Benfica, algo característico da equipa militante da Liga 3.
No decorrer da primeira parte os encarnados foram obrigados, e com mérito, pelos jogadores do Caldas SC, a ter mais paciência com bola, o que possibilitou várias recuperações de bola no último terço dos pelicanos, tendo mesmo a melhor oportunidade da primeira parte à passagem do minuto 37- com um remate do “meio da rua” de João Silva que embateu no poste e contou com um desvio in extremis de Helton Leite.
O marcador não sofreu nenhuma alteração na saída para os balneários, apesar das dificuldades que o Benfica encontrou, principalmente na primeira fase de construção, perante a pressão eficaz dos visitados.
No regresso para a segunda parte, o treinador alemão, Roger Schimdt, lançou na partida Diogo Gonçalves e Petar Musa e optou pelas saídas de Florentino e Rodrigo Pinho, como forma de refrescar a equipa.
Alterações que fizeram efeito logo ao minuto 53 com um golaço de Musa numa jogada individual, onde ultrapassou os dois centrais do Caldas e finalizou com todo o critério no poste direito de Wilson Soares. O golo veio dar um maior conforto aos encarnados, com Petar Musa a conseguir aproveitar, em mais duas ocasiões, a profundidade dada pelos pelicanos.
Apesar da desvantagem no marcador, o Caldas SC continuou predesposto ao jogo, sendo que era o Benfica quem tinha mais posse de bola, recompensados ao minuto 74, após um erro do jovem central, António Silva, com o recém-entrado, Gonçalo Barreiras, a não perdoar na cara de Helton Leite.
O empate obrigou os visitados a ter que jogar os últimos 15 minutos regulamentares em 30 metros, e tendo o jogo interior dificultado, as “águias” apostaram nos cruzamentos para a área, o que não surtiu nenhum resultado, levando a disputa da terceira eliminatória da Taça de Portugal para o prolongamento.
Na etapa regulamentar, o cansaço fez-se sentir nos jogadores do Caldas com o Benfica a superiorizar-se, mas a não conseguir criar perigo para a baliza de Wilson, levando mesmo a decisão da eliminatória para as grandes penalidades.
Na marca dos 11 metros foi o Benfica quem saiu vencedor da terceira eliminatória da Taça de Portugal frente ao Caldas SC (4-5).
A Figura
Wilson Soares – O guarda-redes do Caldas SC fez-se gigante e levou os pelicanos às grandes penalidades, permitindo à equipa das Caldas da Rainha sonhar com a passagem para a próxima fase da Taça de Portugal.
O Fora de Jogo
Rodrigo Pinho – A oportunidade foi dada, mas o avançado do Benfica não soube aproveitar. Surgiram-lhe algumas oportunidades de fazer a diferença, mas esteve sempre ao lado do jogo, sendo mesmo substituido ao intervalo por Petar Musa.
Análise Tática – Caldas SC
O conjunto de José Vala organizou-se num 3-5-2 como é costume, sem alterações face ao último duelo da Taça de Portugal, perante o SC Covilhã.
O Caldas SC procurou sair a jogar no sistema tático base, mas quando defendia colocava-se num 5-3-2, com ambos os alas, Nuno Januário e João Silva, a baixarem para ajudar nos processos defensivos.
Os pelicanos condicionaram o jogo interior dos encarnados com os médios, Miguel Rebelo, André Pierre e Leandro Borges numa marcação zonal, obrigando os encarnados a explorar as laterais. A nível ofensivo o Caldas não se desfazia da posse de bola, procurando sempre jogar de pé para pé sem se amedrontar com o poderio do Benfica.
Com o passar dos minutos, onde o cansaço falou mais alto, o Caldas SC apostou num 5-4-1 como forma de se fechar no seu meio-campo, utilizando o contra-ataque como arma.
11 Inicial e Pontuações
Wilson Soares (8)
Nuno Januário (5)
Yordi Marcelo (6)
André Sousa (7)
Militão (7)
João Silva (7)
Miguel Rebelo (5)
André Perre (5)
Leandro Borges (6)
João Rodrigues (4)
Henrique Henriques (5)
Subs Utilizados
Gonçalo Barreiras (7)
Francisco Miranda (5)
Miguel Marques (5)
Diogo Clemente (5)
Luís Farinha (5)
André Simões (5)
Análise Tática – SL Benfica
Partindo do já habitual 4-2-3-1, com algumas alterações devido ao calendário que se avizinha para os encarnados, não tantas como o especulado, Roger Schmidt não baixou a guarda e apenas vez cinco alterações em relação ao último jogo com o Paris Saint-Germain FC.
Na tentativa de se desfazer da marcação muito forte do Caldas, Aursnes e João Mário tiveram um papel importante na primeira fase de construção do Benfica, sempre à procura das movimentações de Rodrigo Pinho, em profundidade, na segunda parte de Musa e as aproximações de Draxler.
Sem bola, a procura pela mesma foi sempre a missão principal com uma pressão alta como é de costume na equipa comandada por Roger Schmidt.
11 Inicial e Pontuações
Helton Leite (5)
Gilberto (5)
António Silva (4)
Brooks (5)
Grimaldo (5)
Florentino (4)
Enzo Fernández (6)
Aursnes (6)
João Mário (6)
Draxler (3)
Rodrigo Pinho (3)
Subs Utilizados
Diogo Gonçalves (6)
Musa (7)
Ristic (4)
Chiquinho (4)
João Victor (4)"
Sem comentários:
Enviar um comentário
A opinião de um glorioso indefectível é sempre muito bem vinda.
Junte a sua voz à nossa. Pelo Benfica! Sempre!