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terça-feira, 13 de setembro de 2022

Os 5 melhores arranques de época do SL Benfica


"Achas Que Schmidt Conseguirá Alcançar O Melhor Registo?

Quanto a vitórias consecutivas, as 10 de Roger Schmidt a abrir a temporada são já a segunda melhor marca do Benfica. Em primeiro mantem-se Sven Goran Eriksson e as suas 15. Nesse 1982-83, a 24 de Novembro, o SL Benfica empatava em Zurique para a Taça UEFA e estragava o registo perfeito.
Ficou só excelente e excelente – sem derrotas – se manteve até… 2 de Janeiro, quando perdeu em Alvalade para a jornada 14 do campeonato. Portanto, neste critério – derrota mais tardia – nem é o primeiro lugar da classificação.
Espante-se então com cinco registos da história benfiquista que reunimos tendo em conta esses critérios – arranques invencíveis e mais duradouros -, expondo as datas que aconteceu a rasura na obra e o caminho até lá chegar, começando logo por descobrir quem empurra Eriksson para o segundo lugar.

1. 1980-81
Primeira derrota: 22 Outubro
Até lá: 12 jogos, 9 vitórias e 3 empates
Benfica e Sporting dividiram, durante os anos 60 e 70, o poder futebolístico em Portugal ao ritmo duma espontânea e curiosa dança, tão coordenada que há vozes que juram ter sido combinada: três campeonatos vermelhos, um verde, três vermelhos, um verde, e assim sucessivamente até 1978.
Nesse ano, com o Porto campeão, o Benfica inicia seca de três épocas sem títulos – algo que não se via há 27 anos – só terminada em 1981 por outro mago húngaro: Lajos Baroti, selecionador magyar nos Mundiais de ’58, ’62 e ’66, um apologista do futebol perfumado como tinham sido os compatriotas campeões pelo Benfica – Janos Biri, Guttmann e Czeizler.
Com ele, o Benfica é campeão a sete jornadas do fim, vence a Taça de Portugal com uma vitória categórica por 3-1, frente ao FC Porto – Néné, autor dum hattrick, dedicou os golos a Borges Coutinho, falecido semanas antes… – e perde ingloriamente a Taça das Taças, na qual era um dos favoritos, para um dos underdog – o Carl Zeiss Jena, clube da República Democrática da Alemanha que nunca pensou vir à Luz aguentar o 2-0 construído em Jena. Reinaldo marcou um, Chalana ficou em branco e xau troféu.
Ainda assim, época em cheio. Em termos de arranque, fortíssima. Até á quarta semana de Outubro, onde perde com Malmo (dia 22) e FC Porto (25), o Benfica contava sete jogos no campeonato, sete vitórias – 19 golos marcados e zero sofridos. Um estrondo.
Na Taça das Taças, despachou o Altay turco por 4-0 no agregado e o Zagreb, por 2-0. Os únicos golos sofridos até 22 de Outubro tinham sido… na primeirão mão da Supertaça, frente ao Sporting (2-2), em jogo realizado a 10 de Setembro. Portanto, fazendo as contas:
12 jogos até à primeira derrota, nove vitórias e 27-2 em golos. Magistral.

2. 1960-61
Primeira derrota: 30 de Novembro
Até lá: 12 jogos, 9 vitórias e 3 empates
A temporada da primeira conquista europeia encarnada prometeu grandes feitos desde inicio. A primeira derrota da época só aconteceu no final de Novembro e foi claramente resultado dum relaxamento competitivo.
O Benfica vencera a primeira mão em Lisboa por esclarecedores 6-2 e para a viagem á Hungria só interessava gerir indices físicos. Em Budapeste houve um 2-1 para os da casa, consolação residual que se tornou motivo de orgulho quando o Benfica chegou á final e derrotou o Barça, ainda sem contar com Eusébio ou Simões.
No campeonato, os encarnados só conheceriam o sabor da derrota a… 22 de Janeiro, em Guimarães, depois de cumprirem percurso que os colocava destacados no topo da classificação, com 14 vitórias e um empate. No final, 22 vitórias em 26 jogos davam o título ao Benfica, com quatro pontos de vantagem sobre o segundo, o Sporting.

3. 1963-64
Primeira derrota: 5 de Dezembro
Até lá: 15 jogos, 12 vitórias e 3 empates
Época de golos, muitos golos. O Benfica faz 103 em 26 jogos, Eusébio faz 28 para se tornar, pela primeiríssima vez, Bola de Prata, e Torres faz 23 – na época anterior, na qual ganhara definitivamente a titularidade sobre um colosso chamado José Águas, fizera 26 (sendo também Bola de Prata).
Esta contundência ofensiva não chegou para destronar o recorde do Sporting de Peyroteo – 123 golos nas 26 partidas de 46-47! – mas notou-se dedo do treinador: Lajos Czeizler, um mago húngaro que já tinha sido campeão italiano e latino pelo Milão e veio a Lisboa potenciar na totalidade os prodígios encarnados.
A primeira derrota da temporada foi estrondosa no pior sentido da palavra – o Benfica jogava tanto que, quando caiu, foi trambolhão tal que fez tremer o orgulho português: no meio da neve de Dortmund (estávamos a 4 de Dezembro…), cinco boladas do Borussia a Zé Rita, o suplente de Costa Pereira que havia feito carreira no Sporting da Covilhã e, por isso, talvez o único do plantel familiarizado com aquelas condições climatéricas.
A derrota europeia reclamou a urgência duma vitória benfiquista no campeonato, de modo a competir novamente na Taça dos Clubes Campeões Europeus. Assim se fez, juntando-lhe a Taça de Portugal, arrecadada debaixo do braço depois de espetar 6-2 ao FC Porto no Jamor…

4. 2011-12
Primeira derrota: 2 de Dezembro
Até lá: 23 jogos, 15 vitórias e 8 empates
Depois do desiquilíbrio tático evidenciado em 2010-11, o Benfica e Jorge Jesus arranjaram forma de colmatar o vazio na intermediária com Axel Witsel, um prodígio belga a despontar no Standard Liége.
Por estes dias um central adaptado no sistema de Simeone, Witsel chegou a Lisboa em 2011 para revolucionar o futebol das Águias, emparelhando com Aimar na gestão dos ritmos e os dois metem o Benfica a dançar como já há muito não se via: duas eliminatórias europeias e uma fase de grupos inteira sem derrotas.
O Benfica foi primeiro com três vitórias e três empates no Grupo C, mandando o United de Ferguson para a Liga Europa – e só perdendo o primeiro jogo no Campeonato a… 20 de Fevereiro, em Guimarães, jogo que marcou o inicio da derrocada.
Ora vejamos: a 25 de Fevereiro, o Benfica vai a Coimbra empatar a zero; a 2 de Março, acontece o tal 2-3 de Maicon; a 23 desse mês, o empate em Olhão, abrindo falésia para o FC Porto, que ficou intransponível com a derrota em Alvalade a 9 de Abril.
Uma segunda metade horribilis que ofusca o que de bom foi feito até final de Fevereiro, quando só se contava a eliminação da Taça, nos Barreiros, como única nódoa do sucesso encarnado. O tal dia 2 de Dezembro.

5. Época 1977-78
Primeira derrota: 1 de Março
Até lá: 27 jogos, 20 vitórias e 6 empates
A reboque do FC Porto campeão ao fim de 19 anos, veio o segundo Benfica invicto da História, que merece distinção também enquadrado nos critérios desta lista pela boa sequência internacional, só sucumbindo aos pés do poderoso Liverpool de Pasley e Dalglish em… março.
É nesse mês que o Benfica de Mortimore conhece as únicas derrotas da época – três: dia 1 perde 1-2 na Luz frente aos Reds; dia 5 vai a Alvalade ser eliminado da Taça; e, relutantemente, engole um 4-1 em Anfield no dia 15.
De resto, 11 empates e 27 vitórias. No campeonato, o melhor registo defensivo de sempre: 11 golos sofridos em 30 jogos – 0,36 por jogo, melhor que os 0,39 de 88-89, a outra época notável, quando o Benfica sofre 15 em 38 jogos.
Uma temporada que se tinha iniciado com um conturbado Benfica-Sporting – nesse Verão, Jordão voltara de Saragoça e fizera desfeita aos responsáveis encarnados, assinando pelos Leões. Como ele, Artur ‘Ruço’, que se fartara de esperar pela renovação de contrato na Luz e não tivera pejo em mudar para uma camisola ás listas.
No Norte, foi em 77-78 que Pedroto mandou uma daquelas que ficou no léxico do futebol nacional. A seguir a um 0-0 na Luz, o treinador portista visou os encarnados: «Temos de lutar contra os roubos de igreja neste Estádio», afirmação prontamente contestada por Toni, que não foi de meias medidas, exclamando que não houveram sido os árbitros a darem 23 campeonatos ao Benfica.
No inicio da época, despedira-se Joaquim Ferreira Bogalho, o pai da antiga Luz. Um momento solene e de profunda tristeza que marcou a temporada."

1 comentário:

  1. muito gosta esta gente de mentir, aldrabar e deturpar a realidade e a historia.

    jordão não fez desfeita nenhuma aos dirigentes do clube, alias ele queria regressar ao clube depois daquele ano falhado em espanha, mas o romão martins não o quis de volta alegando que quem pedia para sair já não voltava.

    já quanto ao artur sempre lhe foram apresentadas propostas de renovação que o jogador achou que eram curtas, estava no seu direito, e rumou a quem lhe prometia mais, que depois não lhe pagaram.

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