Os 3 melhores treinadores estrangeiros da história do SL Benfica

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Na terça-feira, Roger Schmidt chegou a Portugal para ser oficialmente o treinador do SL Benfica, para a próxima época. Este será o segundo técnico alemão a orientar os encarnados na história do clube, sendo que o único treinador dessa nacionalidade que, até ao momento, tinha assumido esse posto foi Jupp Heynckes.

No entanto, a verdade é que os treinadores estrangeiros tendem a conquistar mais troféus no comando técnico das águias do que os treinadores portugueses. Será que o alemão vai manter a tradição? Enquanto esse cenário é desconhecido, decidi nomear os 3 melhores treinadores estrangeiros da história do SL Benfica.

1. Béla Guttmann

Os mais jovens depressa o reconhecem pela maldição do que propriamente pelos títulos que conquistou ao serviço das águias. A verdade é que não foi dos treinadores mais titulados, mas isso não lhe tira o merecido primeiro lugar do pódio.

O húngaro chegou ao SL Benfica em 1959, onde esteve até 1962. Nessas épocas, comandou a equipa encarnada em 124 jogos, tendo vencido 89, empatado 20, perdido 15, marcado 402 e sofrido 144.

Béla Guttmann conquistou dois campeonatos (1959-60 e 1960-61) pelas águias. No entanto, as verdadeiras conquistas, que são as que merecem maior ressalva, aconteceram em 1960-61 e 1961-62, a nível internacional. Por esta altura já todos devem saber do que falo – as duas conquistas da Taça dos Clubes Campeões Europeus.

A 31 de maio de 1961, o SL Benfica impôs o seu poderio na Europa e no mundo, depois de ter derrotado o FC Barcelona por 3-2. No ano seguinte, a 2 de maio de 1962, a história repetiu-se, desta vez frente ao Real Madrid CF (5-3). Estava assim conseguido o primeiro bicampeonato europeu de uma equipa portuguesa.

Até ao momento, foi o único treinador a conseguir estes feitos e, por isso mesmo, ninguém merece tanto ocupar este lugar como Béla Guttmann. Aliás, o húngaro até teve direito a uma estátua nas instalações do clube, tal como Eusébio (outra lenda do SL Benfica).

2. Otto Glória

Um velho conhecido de todos os portugueses. Otto Glória chegou ao SL Benfica a 1 de agosto de 1954, onde ficou a comandar as águias até junho de 1959. O brasileiro foi um autêntico fenómeno: 169 jogos, 113 vitórias, 30 empates e 26 derrotas, 447 golos marcados e 163 sofridos.

Foram estes os números do treinador, durante esse período de tempo, mas nem só de números vive um clube. Vive de conquistas e, nesse campo, Otto Glória foi um autêntico “Bola de Ouro” – venceu dois campeonatos e duas Taças de Portugal.

Apesar de ter abandonado o clube em 1954, regressou em abril de 1968, sendo novamente o treinador das águias até 1970. Nesses dois anos, voltou a alcançar números dignos dos melhores: 75 jogos, 45 vitórias, 16 empates, 14 derrotas, 170 golos marcados e 65 sofridos e, o melhor de tudo, mais dois campeonatos e uma Taça de Portugal para o palmarés encarnado.

Otto Glória foi o treinador estrangeiro mais titulado, ao serviço das águias, desde 1934-35, tendo sido também o recordista de dobradinhas (1954/55, 1956/57 e 1968/69) do clube da Luz.

3. John Mortimore

O treinador inglês e antigo central do Chelsea FC assumiu o comando técnico das águias em 1976/77, conquistando nessa mesma época o campeonato português, com nove pontos de avanço em relação ao Sporting CP.

Desde essa temporada até 30 de junho de 1979, altura em que saiu do clube, realizou 114 jogos, tendo vencido 79, empatado 22 e perdido 13. No entanto, apesar dos empates e das derrotas, com Mortimore, a equipa marcou 244 golos contra 77 sofridos.

Depois de uns anos ausente, regressou ao clube encarnado em julho de 1985. Chegou e chegou para arrasar. Até junho de 1987, em 88 jogos venceu 60, empatou 19 e perdeu nove.

Para além dos 173 golos marcados e dos 52 sofridos, Mortimore voltou a conquistar o campeonato português (1986/87) e a essa conquista juntou outras três: duas Taças de Portugal e uma Supertaça."

Inês Cunha, in Bola na Rede