"Primeiro defender, para depois atacar – esta foi a estratégia do Benfica para jogo no Georgios Karaiskakis, frente ao Arsenal. O Benfica adotou uma postura pragmática, que procurava anular o Arsenal – até quando era o próprio Benfica que tinha bola – mas sem nunca recusar uma eventual oportunidade para sair rapidamente para o contra-ataque.
- Benfica a atacar em 3-4-3, com Pizzi e Rafa a pisarem terrenos interiores, nas costas de Seferovic. Jorge Jesus procurou colmatar a dificuldade do suíço em ligar jogo ao colocar os dois internacionais portugueses por dentro.
- No momento defensivo, o Benfica apresentou-se quase sempre em 3-5-2, com Weigl, Taarabt e Pizzi no setor intermédio e Rafa lado a lado com Seferovic na frente. No entanto, quando o Arsenal atacava pelo lado direito, Rafa baixava no terreno. Seria para bloquear as saídas de bola de David Luiz? Fica a questão acerca desta preocupação estratégica dos encarnados.
- Arsenal em 4-2-3-1, com o duplo pivô Xhaka e Ceballos atrás de Saka, Odegaard e Smith-Rowe, que apoiavam a estrela Aubameyang.
- Arsenal com mais posse de bola, mas muitas dificuldades em penetrar por dentro do bloco do Benfica. Nas poucas vezes que conseguiram criar perigo, um denominador comum: os movimentos de rutura de Aubameyang a rasgarem por completo a linha defensiva do Benfica, tendo dois deles culminado em golo.
- Por sua vez, o Benfica também teve dificuldades em chegar à frente. Não só mérito do Arsenal neste capítulo, mas também algum demérito das águias, com falta de ruturas de segunda linha. Por isso, pouca gente na zona de finalização e pouco tempo com a bola no último terço.
- O Benfica chegaria aos golos através de uma bola parada e de um erro defensivo. Já o Arsenal, aproveitaria três situações de jogo corrido: dois movimentos de rutura de Aubameyang e um lance em que a displicência de Everton fica por demais evidente.
Destaques individuais
Diogo Gonçalves – atacou quando pôde e defendeu com consistência. Coroou a sua exibição como um golaço de livre. Como já foi referido anteriormente, é dos poucos que procurar acelerar jogo quando tem conduções para.
Vertonghen – um verdadeiro relógio, com e sem bola. Nunca compromete, e isso é ouro hoje em dia, especialmente no contexto encarnado.
Rafa – o mesmo do costume: tem erros? Tem. Mas é o único que faz os adversários tremer quando tem a bola. Marcou e apresentou disponibilidade para tapar o lado esquerdo.
Saka – um diamante em bruto. Não é muito exuberante, mas quem acompanha este Arsenal sabe que Saka é um raio de luz a rasgar um céu coberto de nuvens. Procura combinações, mas também sabe desequilibrar no um para um. Cruza muito bem e é forte no último passe, sendo através dessas formas que assistiu Aubameyang.
Aubameyang – os grandes jogadores são assim: não falham quando são chamados. Duas oportunidades, dois golos, fora o que foi anulado por fora-de-jogo. Aubameyang é velocidade, é rutura, e isso é exatamente o antídoto certo para quebrar uma já minimamente articulada defesa do Benfica."
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