"O minuto de silêncio em memória de Rogério Pipi, no nosso último jogo na Liga dos Campeões, foi mais do que uma merecida homenagem a um símbolo do Sport Lisboa e Benfica. Perdemos uma das maiores referências, mas a sua obra jamais será esquecida. Rogério Lantres de Carvalho brindou-nos, durante 12 épocas, com o perfume do seu futebol, a acutilância ofensiva que o caracterizava e a elegância da sua forma de estar. Os testemunhos de José Bastos e Artur Santos, na BTV, foram eloquentes acerca deste Senhor do futebol português. Um desportista exemplar que deu tudo ao clube do seu coração, tendo sido decisivo na conquista de 10 títulos. De todas as conquistas destaco, obviamente, a Taça Latina, que em 1950 nos catapultou para a Europa. As vitórias frente à Lazio, com um golo de Rogério, e frente ao Bordéus constituíram primeiro grande triunfo português de carácter internacional entre os campeões dos quatro países latinos - Portugal, Espanha, França e Itália. Foi nesta altura que foi lançada a semente do futuro Benfica Europeu, que nos anos 60 surpreendeu nas competições da UEFA. José Bastos, Jacinto Marques, Félix Antunes, Joaquim Fernandes, Francisco Moreira, José da Costa, Corona, Arsénio Trindade, Julinho, Rosário, Rogério Pipi e Pascoal escreveram uma das mais brilhantes páginas da história do maior clube português. 1949/50 foi uma época de sonho. Sob a a presidência de Mário Madeira, com um plantel de 22 gloriosos jogadores, capitaneados pelo enorme Francisco Ferreira e treinador por Ted Smith, o SL Benfica conquistou tudo o que disputou - o Campeonato e a Taça Latina."
Pedro Guerra, in O Benfica
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