Últimas indefectivações

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

A diferença

"O Conselho de Disciplina (CD) da FPF arquivou a auto aberto a um jogador, uma vez que entende não poder sobrepor-se à avaliação da equipa de arbitragem. Esta não puniu o referido jogador em virtude de ter considerado não existir qualquer agressão ou prática de jogo violento, e o VAR, vendo a acção do jogador em causa, entendeu o mesmo. Isto implicou que a observação e avaliação pela equipa de arbitragem retira capacidade de intervenção ao CD, que considera não dever determinar se ocorreu, ou não, uma violação intolerável das Leis do Jogo quando estas tenham um cariz vincadamente técnico. Significa isto que quando o árbitro e não observam um lance como este, ele já poderá ser analisado pelo CD? Parece-me ser o entendimento.
No caso de a equipa de arbitragem, e o VAR, não terem observado uma grande penalidade evidente, que posteriormente é reconhecida, nada há a fazer. Trata-se de um erro, mas as implicações são só desportivas. Contudo, se essa grande penalidade resultar de uma agressão não observada pela equipa de arbitragem e pelo VAR, haverá processo disciplinar e possível sanção. Neste momento, e tenho certeza do que afirmo, o VAR não tem possibilidade de observar todas as repetições em tempo útil. Existem, como sabemos, ângulos que nos dão perspectivas diferentes quanto à existência de agressão ou corte com o braço dentro da grande área. Isto expõe o VAR de uma forma que, em meu entender, não é aconselhável. Ele só se apercebe do que aconteceu 30 segundos depois, o que lhe limita o tempo de intervenção. Até por isto, o quadro de elementos do VAR devia ser diferente do dos árbitros de campo. A protecção dos juízes é fundamental para a Justiça.
Estamos a viver uma mudança estrutural no jogo e torna-se imperioso que não se esconda o erro; bem pelo contrário, a sua constatação ajuda a melhorar o sistema. Os critérios têm é de ser coerentes, sejam disciplinares ou desportivos.
Essa é a diferença."

José Couceiro, in A Bola

PS: Ainda existe outro cenário que devemos analisar: e quando o árbitro, o VAR, as televisões, os especialistas de arbitragem dos pasquins, a opinião pública em geral e o próprio colunista José Couceiro, não observaram a 'agressão', será que o CD poderá actuar?!!!
Por exemplo, o lance do Brahimi em Braga... ou as agressões do Battaglia e do Alan Ruiz em Alvalade?!!!

Sem comentários:

Enviar um comentário

A opinião de um glorioso indefectível é sempre muito bem vinda.
Junte a sua voz à nossa. Pelo Benfica! Sempre!