"Luís Ferreira deve ser visto como vítima do que réu. E ainda a autoridade de Jesus, minada por Bruno de Carvalho em Chaves...
O fim de semana trouxe-nos uma inevitabilidade: depois de semanas de pressões directas e indirectas, a arbitragem, na pessoa de Luís Ferreira, cedeu e o juiz de Barcelos assinou um trabalho desvirtuado no estádio da Luz, durante o Benfica - Boavista, com prejuízo para a equipa da casa. Neste caso, flagrante, creio que o árbitro deve ser visto como, sobretudo, uma vítima das circunstâncias criadas em torno das condições para o seu desempenho, sucumbido, como elo mais fraco da cadeia, à necessidade de parecer imparcial recorrendo à parcialidade, não num, nem em dois, mas sim em três lances capitais. Foi inteligente Rui Vitória ao não colocar nos considerandos que realizou após a partida, preferindo saudar o inconformismo dos seus jogadores, que estiveram perto da reviravolta completa. Mas deverá também meditar nas razões de tão pálida exibição do Benfica na primeira meia hora em que apenas as camisolas entraram em campo. Não há evolução sem autocrítica e os encarnados não deverão cair nos erros que vitimaram leões e dragões, mais os de Alvalade do que os da Invicta.
Já de Chaves chegaram notícias mais complexas, porque o que aconteceu na cabina do Sporting depois do jogo dos flavienses coloca em causa, sobretudo, a autoridade de Jorge Jesus. Além de que é muito pouco avisado falar de cabeça quente, como fez Bruno de Carvalho... Mas não há treinador que resista a um presidente que se intrometa ente ele e os jogadores, limitando-lhe a margem de manobra e subalternizando-lhe o discurso. Jorge Jesus, em tantos anos de carreira, nunca tinha tolerado isto a nenhum presidente. Até agora... A propósito, lembro aqui um episódio que testemunhei em Barcelona, no dia do primeiro treino de Luís Figo em Camp Nou. Johan Cruyff, ídolo de Jorge Jesus, andava de candeias às avessas com Josep Luís Nuñez, presidente do Barça e teve, na conferência de imprensa, uma frase de lapidar que traduzia, afinal, a sua forma de estar na vida: «Aqui, no que respeita ao futebol, o presidente só tem um poder: despedir-me. O resto é comigo». Na verdade, se não houver uma linha nítida entre a acção do treinador e a intervenção do presidente, o caso estará sempre mal parado. E, antes do resto, Jesus e Bruno de Carvalho precisam de decidir sobre essa matéria.
ÁS
Marco Silva
Começou com o pé direito a aventura que abraçou na Premier League, com uma vitória sobre o Bournemouth, que aliviou o Hull City da lanterna vermelha. O caminho que o espera está pejado de escolhos, precisa de reforços, mas com o talento que tem mostrado por onde passou poderá levar a água ao seu moinho.
Duque
Luís Ferreira
Para além dos lances dos golos do Boavista na Luz, o árbitro de Braga falhou num capítulo difícil de compreender: deu apenas quatro minutos de compensação, tornando-se cúmplice do anti-jogo. E ainda há escassas semanas o Conselho de Arbitragem fez pedagogia no sentido de os árbitros não pactuarem com tais práticas...
Duque
Jorge Jesus
O Sporting perdeu 17 pontos ao longo da primeira volta de 2016/17; durante toda a Liga de 2015/16, os leões desperdiçaram apenas 16 pontos. Estes números nem precisam de ser torturados para nos contarem a história de uma temporada difícil, pintada em tons mais negros com a saída da UEFA e eliminação da Taça da Liga.
São Pedro boicotou o Dakar 2017
A inclemência dos elementos tirou brilho à edição dest ano do Dakar, provocando o cancelamento de vários troços que poderiam ser decisivos. Mesmo assim, no automóveis venceu Stéphane Peterhansel, o suspeit do costume, enquanto nas motos a armada portuguesa... portou-se bem.
Ortega y Gasset
No caso de Inês Henriques, 36 anos, uma mulher é ela e as suas circunstâncias. A verdade é que a atleta do Clube de Natação de Rio Maior ganhou ontem lugar na história do atletismo mundial ao estabelecer o primeiro recorde mundial dos 50 quilómetros marcha (1.08.35h), reconhecido pelo IAAF. A partir de agora, Fernando Mamede (1984, Estocolmo, 27.13.35h nos 10 mil metros) não está sozinho na galeria dos portugueses recordistas do mundo. E Porto de Mós, onde decorreu a competição, juntou-se a Lisboa (Stadium do Sporting) como palco lusitano de recordes do mundo (Fortune Gordien, Estados Unidos, lançamento do disco, 56,47m, 9 de Julho de 1949).
(...)"
José Manuel Delgado, in A Bola
Falta mencionar ainda o duplo-penalty sobre o Salvio. Primeiro rasteira com joelho direito a atingir o extremo do SLB e segundo mao marota estendida do defesa a lateral a tragetoria da bola! Nao me lembro de uma arbitragem tao negativa!
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