"Financiamento por Obrigações
Em Assembleia Geral da SAD do Benfica, os seus accionistas aprovaram a emissão de obrigações a colocar através de uma oferta pública de subscrição, com um prazo máximo de três anos de maturidade, ou seja, para serem pagas em 2018, que vai de 45 milhões até ao montante global de 55 milhões de euros.
Terá uma taxa de juro ilíquida prevista de 4,75%.
Para o administrador-executivo da SAD 'encarnada', Domingos Soares de Oliveira, esta não é uma nova dívida, mas sim a substituição por outras já existentes: 'Não se trata de contrair nova dívida, trata-se de substituir alguns empréstimos que temos. Pedimos autorização à Assembleia Geral da SAD para termos este empréstimo obrigacionista de 45 milhões de euros, que pode ser estendido até aos 55 milhões.'
Esta foi a notícia que mais ou menos saiu escrita desta forma, aqui e acolá!
Alguns desses arautos da desgraça e da violação do copyright, assentaram as suas críticas em vários quadrantes:
1. Que as sociedades desportivas só tem possibilidade de pagar dívida, endividando-se mais;
2. Que a situação líquida das três sociedades desportivas está em situação negativa;
3. Escreveu-se mesmo esta barbaridade por um economista - 'Significa isto que a SAD encarnada vai estar durante quase um ano a pagar juros de dois empréstimos obrigacionistas em simultâneo, ambos de 45 milhões, numa taxa de juro total superior (somando os dois empréstimos) superior a 10 por cento.'
Factos:
- A Benfica SAD em Dezembro de 2013, lançou um empréstimo obrigacionista de 50 milhões de euros, com vencimento em Dezembro de 2014 - FOI TODO PAGO! E FOI CAMPEÃO!
- A Benfica SAD tem a correr um empréstimo obrigacionista que se vence em Abril de 2016, no montante de 45 milhões de euros, a uma taxa de juro de 7,25% e terá um de 45, ou, 55 milhões de euros, a uma taxa de juro de 4.75%, a taxa mais baixa dos três grandes!
Ora, uma coisa é o juro de um empréstimo e outra, o juro do outro. Logo como se podem somar os juros? Como é que um economista diz um disparate destes? É exactamente ao contrário! Quanto mais baixa for a taxa de juro do 2.º empréstimo, mais baixa será a taxa de juro média em proporção da soma do total. Chamem o Einstein p.f.!
Quanto ao ponto número 1, o angariar financiamento para investir é como funciona o mercado em termos mundiais! Ou não estão todos endividados?
O problema reside no facto de uma entidade angariar empréstimos para suportar despesas correntes, aí sim, é que a coisa pode começar a ser mais complicada!
No entanto, é curioso verificar como se faz um branqueamento da dívida do Sporting de 55 milhões que foi completamente perdoada e chutada para as calendas gregas de 2025 a troco de umas acções da SAD nessa altura.
Quanto ao ponto 2, o homem esqueceu-se de ver que a situação líquida do Benfica no último Balanço é positiva, pelo que aqui estamos na presença da Multiópticas, ou da Optivisão, ou o que quer que seja.
Quanto ao ponto 3, já está devidamente explicado, ou é preciso voltarmos à 1.ª Classe?
Talvez a preocupação principal devesse incidir antes sobre os valores irrisórios e quase freudianos, pelos quais foram alienadas as empresas em Portugal em regime de privatização e perceber quais são os interesses económicos e financeiros que movem essa míriade de opinadores contratados a preço de ouro, para dizerem o que alguém precisa que seja dito para aumentar as suas vendas.
Vejamos agora na Fig. 1 um pequeno gráfico com uma análise sucinta de alguns indicadores dos empréstimos de obrigações que os três grandes contraíram e estão a contrair em 2015.
De quem é o juro mais baixo? E de quem é, sem contar com perdões dos Bancos, a operação menos arriscada?
Dificuldade
Sempre tive alguma dificuldade em lidar com 'eunucos'. Em bom rigor, confesso que sempre tive alguma dificuldade em utilizar a esperteza para facilitar o que faço. Confesso também, que sou daqueles que nunca copiou na escola, mas o inverso não é verdade! Na faculdade, existia um grupo de colegas meus que gostava muito de copiar por mim. Eu era amigo deles! Pelo menos assim o achava!
Existe um conjunto de Benfiquistas, felizmente composto por muitos e bons, que aprecio imenso e nas sextas-feiras de manhã, agora só de 1 hora, acabam por transformar o meu dia cada vez mais velho, num pequeno acto gratificante. A esses meus ouvintes, deverei sempre três coisas:
a) A minha honestidade;
b) A minha gratidão;
c) O meu Bem Hajam;
É evidente que nos últimos dois anos se tornou mais fácil o reconhecimento mútuo, porque o ambiente, felizmente, foi de felicidade e vitória. Não é que sejamos mal formados, mas somos Humanos bolas! E quando as coisas não correm como gostávamos que corressem, quando nos empenhamos a fundo nelas e quando amamos um Clube, tudo se complica nas nossas emoções.
Acreditem que compreendo isso, porque há momentos e muitos, que também me sinto chateado.
É só por esses adeptos que continuarei a fazer o esforço titânico de continuar a escrever no jornal O Benfica, estando obviamente disponível para quando for o momento em que deverei ser substituído. Este é o meu 227.º artigo.
É muita fruta! Não daquela que conhecemos, obviamente, porque aqui neste jornal trabalha-se e de que maneira!
Não me peçam é para escrever o que não sinto, nem nunca sentirei, pois isso, seria acima de tudo atraiçoar um presidente que muito admiro e sempre admirarei.
E essa é a outra vertente de impulso e de motivação que me leva a continuar a escrever para o jornal deste grande Clube. Mas há que dá lugar a estrelas que despontam no firmamento e perceber que os direitos não se dão conquistam-se! Mas que comigo é antes lapidar o contrário - eu reconheço os direitos e as qualidades dos outros quando elas existem! Até lá..."
Pragal Colaço, in O Benfica
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