"O V. Guimarães esteve a perder por 2-0 na Áustria e marcou um golo que enche de esperança os conquistadores, de olhos postos na segunda mão; o Belenenses esteve a ganhar por 2-0 ao Gotemburgo e deixou que os suecos reduzissem para 2-1, ensombrando o optimismo azul na passagem à fase seguinte da Liga Europa. Tudo em aberto, esperança lusitana em doses apreciáveis, mas sempre, como pano de fundo, as contas aos pontos-UEFA a deixarem uma angústia razoável em quem procura ver para além da espuma...
A última época, em termos de pontos europeus, foi francamente má para os portugueses. Se a época que agora começa for no mesmo sentido - e daí que as prestações de Belenenses, V. Guimarães, nesta fase, sejam relevantes - o que acontecerá em breve é a redução da quota das equipas nacionais na Champions, que passará de 2+1 para 1+1.
Quer isto dizer que, se nos mantivermos no plano inclinado de 2014/15, daqui a pouco só o campeão nacional terá acesso directo à Liga dos Campeões, disputando, o segundo classificado, a pré-eliminatória. Ou seja, dos três grandes, habituais primeiros classificados na Liga portuguesa, só um terá a garantia do acesso aos milhões da Champions; o segundo vai penar na incerteza do play-off, e o terceiro vai contar trocos para a Liga Europa. Este elemento traz para a discussão a importância da Liga nacional. Não se trata, a partir de agora, de ser primeiro só pelo título, mas sim de, ao consegui-lo, cavar um fosso grande para o segundo e uma distância tremenda para o terceiro. É por isso que todas as acções, dentro e fora do campo, são cada vez mais importantes e todas as alianças, mesmo as mais improváveis, acabam por ter cabimento..."
José Manuel Delgado, in A Bola
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