"Alguém no seu perfeito juízo contrataria Artur Jorge para o SL Benfica? Alguém despacharia Vítor Paneira e Isaías para ir buscar Nelo e Tavares? E quem é que votaria em Vale e Azevedo? Ninguém cometeria esse erro. Hoje, porque depois de tudo acontecer é tão mais fácil formular opiniões. Somos bons nisso, os Benfiquistas. Gostamos de defender pontos de vista drásticos e fazer revoluções. Está-nos no sangue querermos sempre mais. E foi por isso que, a partir da segunda metade dos anos 1990 (e até 2003) estivemos em maus lençóis. A falência técnica era uma realidade, a imagem do Glorioso era cada vez menos vitoriosa, a falta de respeito pelo emblema esteve no seu ponto mais baixo. Damásio perdera a noção; Vale e Azevedo perdeu tudo o resto. Vilarinho iniciou a recuperação e Vieira consolidou o projecto. Nem por isso o presidente há mais tempo em funções no clube se livrou - livra - das críticas. Desde que chegou liderou a conquista de quatro Campeonatos, duas Taças de Portugal, duas Supertaças, cinco Taças da Liga (hoje há mais uma, espero) e a equipa foi a duas finais da Liga Europa. Os troféus estão guardados no premiado Museu Cosme Damião, os feitos são transmitidos pela recordista de assinaturas BTV e as estrelas brilham cada vez no Caixa Futebol Campus, um centro de estágios que faz corar de vergonha os rivais. Chega? Ainda não. Temos que falar da saúde financeira do clube, do acordo com a milionária Emirates ou do espírito de vitória que se sente nas modalidades. Vieira é o rosto mais visível da estrutura. Sim, nós temos uma estrutura. Foi ele quem resistiu à facilidade quando milhões de Benfiquistas quiseram despedir Jesus no fim da época em que tudo se perdeu ou após a pré-época do verão passado. Ganhámos todos."
Ricardo Santos, in O Benfica
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