"Hoje joga-se a final da Taça da Liga mas nos últimos dias esse dado foi completamente remetido para segundo plano face à interrogação em que se transformou o futuro da ligação entre Jorge Jesus e o Benfica. O que podia (devia) ter sido tratado/clarificado logo após o empate em Guimarães, que valeu o título, arrastou-se por duas semanas. Esperar pela definição da Liga fazia todo o sentido. Mas nunca seria a final da Taça da Liga a ter peso na decisão final. Logo, este jogo psicológico de recados públicos a que temos assistido era escusado. Não era necessário apalpar o pulso a ninguém. Bastava uma conversa franca, a dois. E o resultado da mesma, esse sim, podia ser anunciado apenas no início de Junho.
Nos anos anteriores à chegada de Jesus ao Benfica, ver a equipa ganhar ou discutir troféus era tão esporádico que se tornava num acontecimento. Para quem não tem essa memória: nas 6 épocas antes de Jesus o Benfica venceu 4 troféus (menos de 1 por ano) e esteve presente em 5 finais (menos de uma por época); nas 6 temporadas com Jesus, a SAD já arrecadou 9 troféus (um e meio por ano e hoje pode vencer o 10.º) e disputou 11 finais (já tem garantida a 12.ª, a Supertaça). O que antes dele acontecia de vez em quando tomou-se num hábito. Isto são factos. Quanto a números, os das transferências realizadas desde 2010 falam por si.
Agora, de forma até acalorada, discute-se muito sobre quem detém a maior fatia de mérito neste ciclo vitorioso. Se Luís Filipe Vieira (que esteve presente ao longo de todo o período de 12 anos), se Jorge Jesus. Não me parece que a questão mereça qualquer troca de argumentos. Os números são o que são. Vieira andou 6 anos à procura de um 'casamento feliz'. Depois de muitos divórcios encontrou o par certo. Cada qual ganhou bastante por estar com o outro.
Entendem os dois protagonistas que este 'casamento' ainda pode dar mais anos de mútua felicidade? Se na próxima semana, e de forma rápida, tratarão de renovar os votos. Se concluírem que a relação está a entrar naquele ponto horrível em que um olha para o outro e começa a encontrar defeitos onde anteriormente só identificava virtudes, então o adeus será igualmente rápido e indolor."
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