" «A Bola» sempre foi um espaço de liberdade. É com esse estado de espírito que escrevo sobre a crónica do Benfica-Belenenses na edição do passado domingo. Para a contrariar, sabendo, de antemão, quão subjectivo e discutível é analisar um jogo. E tendo consciência de que, face ao meu clube de coração, não me consigo libertar de uma natural parcialidade.
Transcrevo algumas frases de Hugo Vasconcelos no seu resumo do jogo: «Como símbolo de uma exibição desastrada do Benfica, sem imaginação, (...) foi o lance perfeito (referindo-se aqui ao atraso em balão de Benito para Júlio César, quase no fim dos 90 minutos).» Mais à frente: «Hoje a pressão sobre o adversário é uma utopia, e em vez de um ataque do Benfica demorar cinco segundos demora agora um ou dois minutos». Para concluir: «A águia continuava uma nulidade (...) mal justificava o bilhete de metropolitano», rematando com uma imagem (no mínimo estranha) referindo-se a Gaitán que «será uma flor ainda mais bonita por nascer no meio do alcatrão».
O Benfica não fez uma exibição de encher o olho, claro. Aliás, nem era possível dada a atitude do Belenenses que só pôs onze jogadores à frente da baliza. Mas daí a epitetar a exibição de desastrada equiparando-a ao estúpido e caricato lance de Benito, dizer que a pressão sobre o adversário é uma utopia, que a exibição foi uma nulidade e que o plantel é alcatrão vai a distância entre a hipérbole e a exactidão. Que me perdoe o excelente profissional de A BOLA, mas talvez tenhamos visto jogos diferentes de uma equipa que, pese embora não estar aos níveis exibicionais de 2013/14, vai em primeiro lugar no campeonato."
Bagão Félix, in A Bola
PS: Infelizmente, este exemplo não é único, bem pelo contrário, é a regra... o ex-oitavo classificado no actual campeonato, actualmente no maravilhoso 4.º lugar, é que pratica futebol do mais alto nível...
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