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quarta-feira, 8 de outubro de 2025

Em termos de “antigamente”


"1. Aos 4 pontos entregues em casa ao Santa Clara e ao Rio Ave – estamos a falar do percurso do Benfica na Luz neste arranque do Campeonato Nacional de futebol – seguiu-se uma vitória sobre o Gil Vicente, uma vitória suadíssima, não tivesse sido o nosso adversário a melhor equipa em campo. Nenhum adepto do Benfica saiu da Luz na sexta-feira da semana passada convencido do contrário.

2. O Gil Vicente “ganhou” ao Benfica no número de remates enquadrados com a baliza (8-4) e “goleou” (8-0) no número de pontapés de canto. Em golos, com uma grande dose de felicidade, venceu o Benfica (2-1), e daí os 3 pontos conquistados, que foram o melhor que se tirou desse jogo tão mal jogado pela equipa das nossas cores. Explicações para tamanha desinspiração houve muitas, e José Mourinho foi pródigo em fornecê-las sempre com a intenção de proteger os seus jogadores, o que só não espanta como lhe fica bem, aliás, muito bem.

3. Todos sabemos que o Mundial de Clubes teve consequências desastrosas sobre aquele período obrigatório e fundamental entre duas temporadas a que se chama defeso e que são as férias dos jogadores, vindo depois a impedir uma pré-temporada normal ao Benfica. É certo que muitos outros clubes estiveram nos EUA a disputar aquela coisa inventada pela FIFA, mas não é de crer que nenhum outro clube tenha saído do Mundial e regressado a casa com uma “janela” curtíssima de repouso para fazer 4 jogos de qualificação para a Liga dos campeões, competição que em importância a todos os níveis – desportivo, financeiro, prestígio – bate o Mundial de Clubes de goleada.

4. Foi o que aconteceu ao Benfica. A ideia não é inventar desculpas para alguns tristes resultados deste setembro. A ideia é contextualizar o rendimento da equipa em função das anormalidades a que foi sujeita por força de um calendário… exótico, chamemos-lhe assim. De outubro até maio há muito tempo para recuperar o que foi perdido, e é nisso que temos de acreditar.

5. Oficialmente, o Benfica despertou para a situação da arbitragem nacional. Despertou tarde, mas despertou.

6. O regresso do árbitro Luís Godinho à ação em jogos do Sporting foi, de facto, espetacular. Godinho, o árbitro da final da Taça de Portugal sonegada ao Benfica por um conjunto de decisões calamitosas da arbitragem e da videoarbitragem, foi chamado para dirigir o Estoril-Sporting. Esteve ao seu nível. Um dia destes dirá que está a fazer “o luto” ou que já fez “o luto”, como disse em relação à sua atuação no Jamor, e tudo seguirá como antigamente.

7. Em termos de “antigamente”, a nossa arbitragem está pujante."

Leonor Pinhão, in O Benfica

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