"1. Aos 4 pontos entregues em casa ao Santa Clara e
ao Rio Ave – estamos a falar do percurso do Benfica
na Luz neste arranque do Campeonato Nacional de
futebol – seguiu-se uma vitória sobre o Gil Vicente,
uma vitória suadíssima, não tivesse sido o nosso
adversário a melhor equipa em campo. Nenhum
adepto do Benfica saiu da Luz na sexta-feira da
semana passada convencido do contrário.
2. O Gil Vicente “ganhou” ao Benfica no número de
remates enquadrados com a baliza (8-4) e “goleou”
(8-0) no número de pontapés de canto. Em golos,
com uma grande dose de felicidade, venceu o Benfica (2-1), e daí os 3 pontos conquistados, que
foram o melhor que se tirou desse jogo tão mal
jogado pela equipa das nossas cores. Explicações
para tamanha desinspiração houve muitas, e José
Mourinho foi pródigo em fornecê-las sempre com
a intenção de proteger os seus jogadores, o que só
não espanta como lhe fica bem, aliás, muito bem.
3. Todos sabemos que o Mundial de Clubes teve consequências desastrosas sobre aquele período
obrigatório e fundamental entre duas temporadas
a que se chama defeso e que são as férias dos
jogadores, vindo depois a impedir uma pré-temporada normal ao Benfica. É certo que muitos outros
clubes estiveram nos EUA a disputar aquela coisa
inventada pela FIFA, mas não é de crer que
nenhum outro clube tenha saído do Mundial e
regressado a casa com uma “janela” curtíssima de
repouso para fazer 4 jogos de qualificação para a
Liga dos campeões, competição que em importância a todos os níveis – desportivo, financeiro, prestígio – bate o Mundial de Clubes de goleada.
4. Foi o que aconteceu ao Benfica. A ideia não é inventar desculpas para alguns tristes resultados deste
setembro. A ideia é contextualizar o rendimento da
equipa em função das anormalidades a que foi
sujeita por força de um calendário… exótico, chamemos-lhe assim. De outubro até maio há muito
tempo para recuperar o que foi perdido, e é nisso
que temos de acreditar.
5. Oficialmente, o Benfica despertou para a situação
da arbitragem nacional. Despertou tarde, mas despertou.
6. O regresso do árbitro Luís Godinho à ação em jogos
do Sporting foi, de facto, espetacular. Godinho, o
árbitro da final da Taça de Portugal sonegada ao
Benfica por um conjunto de decisões calamitosas
da arbitragem e da videoarbitragem, foi chamado
para dirigir o Estoril-Sporting. Esteve ao seu nível.
Um dia destes dirá que está a fazer “o luto” ou que
já fez “o luto”, como disse em relação à sua atuação
no Jamor, e tudo seguirá como antigamente.
7. Em termos de “antigamente”, a nossa arbitragem
está pujante."
Leonor Pinhão, in O Benfica

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