"O golo do grego não foi golo, foi golaço. Se fosse de Di María correria Mundo. Talvez este corra Mundo na mesma. Classe pura na finalização com o pé direito.
Melhor em campo: Pavlidis (8)
Merecia 10 pelo golo, 9 pelo empenho e 5 pelo resto da exibição. Média: 8. Correu 30 metros logo no início do jogo e, quando devia fazer passe vertical para a entrada de Aursnes sobre a direita, fez passe quase lateral e o lance, bem perigoso, perdeu-se num corte de um adversário. Grande trabalho, perto do intervalo, junto à quina esquerda da área do Mónaco, oferecendo o golo a Carreras. Que rematou sem força e demasiado colocado às mãos de Majecki. Ao minuto 48, transfigurou-se de Di María e, de pé direito, como se fosse um tecnicista ao nível de Messi ou Salah, por exemplo, enviou a bola para o fundo da baliza: 0-1. Brilhante, brilhante, brilhante. Aos 62, porém, voltou a ser Vangelis e já não Ángel: recebeu a bola de Schjelderup e encostou tão frágil que Majecki defendeu sem esforço. Mas aquele golo, não é golo: é golaço.
Trubin (7) - Guarda-redes de equipa grande é assim: pouco jogo, total segurança. Estou aqui, disse ele aos 9 minutos quando Akliouche sobre a esquerda, o obrigou a desviar a bola pela linha de fundo. Estava frio, sim, mas o ucraniano esteve em grande logo desde o início. As mãos pareciam ter cola. Também no remate de Golovin, aos 43’. Passou mesmo frio na segunda parte, sem grande coisa para fazer. Só mesmo para ver.
Tomás Araújo (7) - O menos exuberante dos defesas do Benfica. O que se compreende. Apesar de já levar muitos jogos na lateral direita, uma coisa é ser central, outra é ser lateral. E Tomás, acima de tudo, é central. Porém, a abrir a segunda parte, transformou-se mesmo em lateral e abriu, de forma soberba, em Pavlidis para o golo do grego, ficando nós tentados a apagar do texto a ‘menor exuberância’. Mas fica. Saiu com fadiga muscular.
António Silva (7) - Se até Beckenbauer cortava bolas para onde estava virado, por que não António Silva fazer o mesmo? E fez. Já na compensação do primeiro tempo, desviou a bola, quase de calcanhar, como se fosse Ricardo Quaresma. Era bonito, sim, mas não teve efeito prático. Perto do final do jogo, voltou a quase marcar.
Otamendi (7) - Completou ontem 37 anos, mas pareceu sempre ser erro do ano de nascimento: não foi em 1988, antes em 1998. Pelo menos fica ideia que sim. Imperial a defender e impetuoso a atacar, sobretudo de cabeça, em lances de bola parada.
Carreras (6) - Correu, correu, correu e, logo ao minuto 5, enviou tiraço rentinho ao poste esquerdo da baliza monegasca. Ficaria condicionado por ter visto, logo aos 15’, um amarelo? O futuro diria que não. A um minuto do intervalo, a bola endossada por Pavlidis foi para o pé direito de Carreras. Se fosse para o esquerdo, seria golo quase certo. Assim, o remate, relativamente frouxo, foi para as mãos do guarda-redes dos monegascos. Já na segunda parte, entrou na área como se fosse um atacante, mas a bola ficou emparedada num defesa. Esteve sempre prestes a explodir, mas nunca verdadeiramente explodiu.
Aursnes (6) - Foi extremo-direito, médio-direito e defesa-direito. Se houvesse um guarda-redes direito também o teria sido. Não fez jogo enorme, mas teve competência suficiente para não ficar ligado a nada de errado. Ponto alto? Tiraço, já na parte final, desviado para canto pelo peito de um adversário.
Florentino Luís (5) - Pareceu sempre um pêndulo, mas, desta vez, pêndulo de menor amplitude. Cumpriu e, após ter visto cartão amarelo aos 56’, pareceu afetado por saber que não jogaria a segunda-mão. Saiu nove minutos depois, não fosse o senhor Maurizio Mariani mostrar-lhe um segundo amarelinho.
Kokçu (6) - Começou por fechar muito bem o lado esquerdo da defesa, sempre que Carreras decidia subir. Quase parecia um lateral-esquerdo ou mesmo um terceiro central, compensando as aventuras do espanhol. Muito mais ousado na segunda parte, sobretudo a partir da expulsão de Al Musrati, aparecendo diversas vezes em posição de remate. Sempre sem sorte.
Akturkoglu (6) - Apagado em quase todo o primeiro tempo. Melhorou muito após o descanso. Grande trabalho antes do quarto de hora da segunda parte, rodando sobre dois adversários e rematando para grande defesa de Majecki. Nem o fora de jogo assinalado retira beleza à jogada do turco. Muito bem a oferecer o golo a Amdouni, perto do fim, demonstrando não ser egoísta.
Schjelderup (6) - Cresceu muito na segunda metade da segunda parte. Meteu a bola, redondinha, redondinha, redondinha, em Pavlidis e o golo parecia certo. Mas o encosto do grego foi frágil e para a mãos de Majecki. O norueguês era para sair para entrar Di María, acabaria por sair, mais tarde, para entrar Amdouni.
Di María (3) - Pouco mais de 15 minutos em campo e, de novo, a bandeira vermelha levantada: lesão muscular. No mesmo local ou não, ver-se-á. O vírus de Alcochete parece ter contaminado o Seixal.
Leandro Barreiro (5) - Entrou já com o Benfica a jogar com mais um homem e limitou-se a cumprir no lugar de Florentino. Controlou o jogo e ajudou a defender.
Belotti (3) - Entrou com a segunda parte bem alta e não se viu. Um ou outro contacto com os defesas do Mónaco, mas ainda sem poder expressar-se ao mais alto nível.
Amdouni (4) - Minuto 83: quase golo. Mas quase golo não é golo e o suíço falhou o remate, que saiu enrolado. Pouco depois podia ter voltado a rematar, mas, talvez lembrando-se do lance anterior, preferiu oferecer o golo a Belloti. Que estava demasiado adiantado para poder finalizar.
Arthur Cabral (-) - Entrou a frio para o lugar do lesionado de Di María e não teve oportunidades para mostrar serviço."
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