"Desengane-se que como num toque de mágica os miúdos estão automaticamente habilitados a entrar no imediato na equipa principal e guiar o SL Benfica aos títulos. Não estão. Se estivessem seriam campeões na Segunda Liga, e com vantagem larga.
O processo evolutivo é contínuo. Mais horas de prática (treino e jogo) darão mais rendimento e preparação. O exemplo do tempo que demoraram os miúdos do FC Porto a chegar e render com vitórias na equipa principal prova-o, mesmo que fora do centro de decisões a pressa seja tão grande quanto ignorante.
Embora não devam ser vistos como a solução imediata para resolver problemas, desengane-se quem pensa que pode tanto talento ser desperdiçado.
A equipa do Benfica que venceu a Youth League tem jogadores de potencial enorme, e bem geridos – Entrada para treinar com a equipa principal, ir somando minutos na equipa secundária, ir entrando na equipa principal até por lá ficarem e conquistarem o seu espaço, processo que demora meses e anos – levarão o Benfica ao topo.
Mas, quem são os craques? Selecionei alguns.
António Silva (2003) – Central moderno pela qualidade que empresta no jogo ofensivo e defensivo. Assume a construção, tem recursos técnicos. É inteligente nos posicionamentos e abordagens defensivas e capaz fisicamente. Potencial enorme para singrar no futebol profissional.
Tomás Araújo (2002) – O central de pés de veludo. Tremenda qualidade em posse e em processo de desenvolvimento nos atributos físicos que lhe desenvolverão a capacidade para os duelos. Central de classe a caminho de uma grande carreira.
Martim Neto (2003) – O melhor de todos. Médio centro criativo, qualidade técnica soberba, passada larga, presença física, raio de acção largo e inteligência tática. Fadado para uma carreira de elevado brilhantismo. Um Interior com capacidade e destreza para jogar também num meio campo a dois.
Cher Ndour (2004) – Interior com compleição física e qualidade técnica nas suas acções – Recebe e passa com qualidade. Carece de maior raio de acção – Tem passada para chegar mais rápido / mais cedo ao centro do jogo, mas não o faz ainda.
Henrique Araújo (2002) – Tremenda classe e movimentos de um avançado predestinado na forma como lê cada lance. Sabe quando aparecer e onde aparecer. Um goleador requintado que faz da inteligência e recorte técnico um trunfo que o guiará ao topo.
Diego Moreira (2004) – Irrequieto, irreverente, talentoso. Em cima dos traços de extremo à moda antiga, capaz de desconchavar adversários quando assume o 1×1, define com qualidade no cruzamento e último passe. Um jogador entusiasmante, um desequilibrador à “moda antiga” que não deixa ninguém indiferente – Tão diferente de… Diogo e Gil que ainda na semana passada iniciaram partida com o Famalicão.
Todos os outros merecem um destaque, mesmo que tenha reduzido o lote a seis."
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