"O Futebol de Rua também foi afectado pela universal pandemia que teima em persistir. Primeiro abrandou e depois parou, mas não sem alternativas dignas do maior engenho e paixão. É certo que o trabalho começado no campo por esse país fora não teve a sua continuidade normal conforme previsto, mas ficou bem longe de paralisar simplesmente. Os jovens investiram tudo na razão de ser do projecto, que mais não é que cada um deles, transformado em objectivo de si próprio e do seu grupo, trabalhando a melhoria continua, a autodisciplina e a determinação de vencer no campo e na vida. São na verdade estes dois os estádios do futebol de rua, o campo e a vida. No primeiro, joga-se à bola com paixão desmedida e aprende-se a cair e a levantar, a forçar a vontade ao limite da resistência. Mas nesse campo, por ora, não pode ainda jogar-se. No segundo, o estádio da vida, dá-se o transfere dos valores do desporto para a ética e comportamento individual, constrói-se gente, por dentro e por fora, fortalece-se para a vida que, já sabemos, tem tanto de desafiante quando de belo. A CAIS sabe bem disso e não deixou que se perdessem as vontades, esse património humano que tanto custa a construir. Assim, meteu mãos à obra com os jovens e com os homens que noutros anos por ali passaram, mediram forças com o problema, estudaram-lhe todos os ângulos e, com imaginação, empreenderam as alternativas possíveis. Não é o que todos queriam de início, mas é um importante resultado do trabalho de todos, e isso, como é evidente, é o maior de todos os resultados!
Parabéns. Para o ano, a Fundação Benfica cá estará de novo para vos acolher!"
Jorge Miranda, in O Benfica
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