"Provavelmente preocupada com a falta de competitividade de um campeonato, a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) propõe um limite máximo na folha salarial dos plantéis.
Alguém se atreve a classificar a ideia como desinteressante? Não creio. No basquetebol, por exemplo, o segredo do sucesso da planetária NBA reside, precisamente, num modelo de orçamentos e processo de contratações que visa, em toda linha, fomentar o equilíbrio. No futebol, o tremendo êxito da incrível liga inglesa também se explica com a gestão inteligente do dinheiro proveniente das transmissões televisivas, o que permite a clubes de menor expressão contratar jogadores de primeiro nível. Ou seja, a FPF não descobriu a pólvora, mas quer dinamitar a falta de competitividade com ela e isso até podia ser saudável. Assim sendo, estará tudo bem? Não, pelo contrário. Falta um pormenor decisivo que transforma a ideia numa decisão própria da Idade da Pedra. A Federação não aplicou este princípio ao futebol dos homens, aos juniores que ganham fortunas ou ao futsal. Lembrou-se dele, em exclusividade, para o futebol feminino, como se às mulheres já não bastasse toda uma história secular de discriminação negativa. Foi um golo na própria baliza. Que há de ser anulado."
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