"Há quem lhe chame o “Clássico dos clássicos”, o “Dérbi Eterno” ou até mesmo o “Dérbi dos dérbies”. Sporting CP e SL Benfica são os protagonistas do principal duelo da 17ª jornada da Liga Portuguesa e espera-se um jogo de grandes emoções em Alvalade.
Desde Abril de 2012 que os leões não vencem as águias no seu próprio reduto em jogos a contar para o campeonato, o que torna este confronto ainda mais interessante. Como se já não bastasse, o Benfica leva 16 vitórias consecutivas fora do Estádio da Luz e pode, em caso de triunfo sobre os seus rivais da Segunda Circular, tornar-se no novo recordista desta marca.
O “dérbi da capital”, como também é conhecido, é um dos jogos mais aguardados pelos adeptos todas as temporadas. Muitos são os que vibram nas bancadas, mas apenas alguns fazem história dentro das quatro linhas.
Em 115 anos de história, muitos foram os jogadores que defenderam a honra encarnada frente a um dos seus maiores rivais e hoje iremos destacar cinco jogadores que o fizeram com distinção.
1. Eusébio – Cada vez que se escreve sobre Eusébio da Silva Ferreira, fica-se num meio termo. Há tanto para dizer, mas faltam palavras para explicar. O “Pantera Negra” é o maior símbolo do SL Benfica: aquele que, quando se fala da história clube, é incontornável.
Com um passado de glória, de conquistas e (muitos) golos, Eusébio é, também, a maior figura encarnada em jogos frente ao Sporting CP.
Contra os leões, o “Pantera Negra” disputou 29 jogos, tendo apontado uns impressionantes 27 golos. Responsável por muito do sucesso das águias, Eusébio fica para a história como o segundo melhor marcador em dérbis, só ultrapassado por Peyroteo (31 golos em 29 jogos).
A “novela” à volta da contratação do único vencedor da Bola de Ouro enquanto atuava na liga portuguesa apimentou, ainda mais, os dérbis na altura.
Ao serviço do Benfica, Eusébio realizou 440 jogos e marcou 471 golos, tornando-se o melhor marcador da história do glorioso.
Um verdadeiro craque, dos melhores que o futebol já viu.
2. Luisão – Anderson Luís da Silva, ou Luisão, como é mais conhecido, é uma das figuras mais acarinhadas pelos benfiquistas. No Benfica desde 2003, a “Girafa” faz parte, sem dúvida, da história dos encarnados.
Frente aos eternos rivais de Alvalade, Luisão disputou 25 jogos, tendo marcado quatro golos e feito uma assistência, mas há um golo com sabor especial, um golo que o faz entrar directamente para este top.
Decorria a temporada 2004/05 quando, na penúltima jornada do campeonato, se jogava o SL Benfica-Sporting CP. Na tabela classificativa, o Sporting liderava com mais dois pontos que o segundo classificado Benfica, mas ao passar do minuto 83, Luisão desbloqueou um jogo difícil e, de cabeça, abriu o marcador. Até ao fim, o resultado não se havia de alterar e o Benfica era o novo líder do campeonato quando faltava apenas uma jornada por disputar.
A cabeça de Luisão colocou o Benfica no primeiro posto, um golo que valeu um campeonato num jogo que, para além de ser contra um dos maiores rivais, era contra o, até então, primeiro classificado. E foi assim que Luisão começou o seu legado!
3. Óscar Cardozo – Ora, falar de Óscar “Tacuara” Cardozo é, em primeira instância, falar de golos. O paraguaio é o melhor marcador estrangeiro da história do Benfica e tem, como sua presa favorita, o Sporting CP.
Só em jogos a contar para o campeonato, Cardozo apontou 13 golos em apenas 18 aparições: o melhor marcador estrangeiro também em dérbis. Uma verdadeira dor de cabeça para qualquer linha defensiva, mas um verdadeiro terror para o clube leonino.
Um verdadeiro matador dentro da área! Possante fisicamente, mas algo lento – lentidão que parecia que nem queria estar ali- mas estava, e ainda assim marcava. As equipas tinham cuidado: ele era perigoso, ele era o Óscar “Tacuara” Cardozo!
4. Nené – Tamagnini de nome, Nené para o mundo do futebol, é uma lenda viva do Sport Lisboa e Benfica. O nortenho, natural da Leça da Palmeira, dedicou toda a sua vida às águias e é uma das figuras mais emblemáticas do Benfica, muito por causa das suas 578 aparições e pelos seus 362 golos marcados.
Ingressou no clube com apenas 16 anos, para a formação, e o seu amor pelo manto sagrado fê-lo ficar para toda a vida. Um ídolo para a massa adepta benfiquista.
A 23 de maio de 1976, Nené apontou dois golos na vitória do Benfica no reduto do Sporting CP e deu o bicampeonato nacional ao glorioso, que fez a festa no estádio do rival. Frente ao Sporting, realizou 38 jogos e marcou 17 golos, tornando-o num dos melhores jogadores a disputar o “clássico dos clássicos”.
5. José Águas – O grande capitão do Benfica, uma lenda do universo encarnado que dedicou a sua vida ao clube, um dos que mais se destacou nos clássicos frente ao Sporting Clube de Portugal.
Por cinco ocasiões foi o melhor marcador do campeonato e é um dos melhores marcadores de sempre em jogos frente aos verde e brancos. Em 30 dérbis disputados, Águas fez balançar as redes sportinguistas por 16 ocasiões.
O seu faro para o golo era uma das suas principais características, bem como uma técnica de cabeceamento exímia, um ponta de lança a roçar a perfeição. José Águas é, apenas atrás de Eusébio, o melhor marcador da história do SL Benfica. Foram 378 golos em 379 jogos, um registo verdadeiramente impressionante."
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