Últimas indefectivações

quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

Prémio justo

"Benfica superior e mais controlador. Covilhã com muita coragem e muito organizado

Equilíbrio
1. Destaque para o onze inicial apresentado por Bruno Lage, com muitas caras novas em relação ao último jogo oficial. Mais uma vez, o treinador do Benfica a passar a mensagem de que todos contam. Lage continua fiel ao que tem dito e ao projecto da sua formação.
Se de um lado estava uma equipa com os melhores valores individuais, do outro um Covilhã comum onze com mais rotinas colectivas, concentração e determinação. Parece que foram estes os factores que equilibraram o jogo.
Não tenhamos duvidas de que tudo isto que os leões da serra apresentaram por vezes supera valor individual.
Prova disso mesmo é o início das duas partes do Covilhã.
Com o desenrolar da primeira parte e o aumento da velocidade da circulação de bola, o Benfica consegue maior controlo do jogo, dispondo mesmo de algumas oportunidades para marcar.

Organização ofensiva
2. Benfica: saída de bola com centrais abertos e laterais adiantados; dois médios de ligação, uma linha de quatro com Gedson perto de Raul de Tomas.
Gedson procura espaços livres entre a linha média e defensiva, Zivkovic dava largura num corredor para receber e procurar depois zonas interiores, quer em condução quer em tabelas. No corredor contrário, Jota procurou mais jogo interior pelo seu posicionamento, para libertar o corredor lateral para o Nuno Tavares.
Nas dinâmicas do último terço, movimentos de aproximação de Zivkovic para atrair o lateral, com a movimentação de Gedson para o corredor, deslocando desta forma um defesa central, permitindo uma situação de homem contra homem (Raul de Tomas mais central). Outra forma de procurar e espaço era com o jogo interior de Jota, procurando servir Raul de Tomas, aproveitando o espaço entre lateral/central ou central/central.

Lições
3. Se o início da partida poderia ter servido de lição para o Benfica, e quando tudo fazia prever que a lição estava assimilada, a verdade é que o início da segunda parte demonstrou exactamente e contrário, só que desta vez a lição teve custos (golo sofrido).
Perceptível alteração, ao intervalo, de Bruno Lage ao colocar Vinícius, isto porque, na primeira parte assistimos a duas realidades diferentes. Por um lado, o Covilhã sempre que chegava à área ofensiva fazia-o com três/quatro elementos em zonas de finalização, já o Benfica demonstrou alguma dificuldade em colocar mais do que um ou dois elementos para finalizar.

Conclusões
4. Influência ou importância que escassos momentos de desconcentração podem ter no desenrolar de um jogo. Se a vantagem trouxe ainda mais motivação e entreajuda ao Covilhã para justificar o golo marcado, já a desvantagem provocou sentimentos contrários ao Benfica, a obrigação de vencer, o querer fazer muito rápido e o arriscar em demasia, provocando desequilíbrios defensivos, permitindo ao Covilhã contra-ataques perigosos podendo avolumar a vantagem.
Conclusão: Benfica superior e mais controlador. Covilhã com muita coragem, muito organizado e com prémio justo."

Armando Evangelista, in A Bola

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