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quarta-feira, 8 de novembro de 2017

O pecado do vídeo-árbitro

"É inegável que, apesar de alguns tropeços, o vídeo-árbitro reduziu o número de erros de arbitragem nesta edição da Liga, com isso evitando algumas injustiças. Mas, tal como seria de esperar neste cada vez mais previsível futebol português, o barulho é mais ensurdecedor do que nunca. Afinal, agora há mais um elemento cujas decisões podem ser questionadas e colocadas em causa.
Qualquer análise séria chegará à conclusão que a introdução do VAR trouxe benefícios à competição. Contudo, é muito provável que a percepção da maioria dos adeptos, naturalmente condicionados pela chinfrineira das máquinas de propaganda dos clubes, seja o contrário. Tudo porque é do interesse de quase todos que o foco da discussão seja esse e não outro.
O maior 'pecado' do VAR foi ter sido, a determinado momento, visto (e, de certa forma, 'vendido') como a ferramenta que iria acabar com as grandes polémicas no futebol português. Grande expectativas, expectativas irreais, que, obviamente, não se cumpriram. Porque o que nasce torto nunca se endireita.
A Liga e a FPF já se entenderam e haverá vídeo-árbitro pelo menos mais uma temporada em Portugal. Mas é preciso que os clubes assumam: querem mesmo ter o vídeo-árbitro ou vão continuar a descredibilizá-lo, questionando a sua idoneidade de cada vez que houver um erro ou, pior que isso, apenas um entendimento diferente sobre o mesmo lance? Porque se é para continuar assim, já bastava um árbitro para ser saco de pancada."

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