É bem verdade que um campeão, em Portugal, precisa de ser o mais regular dos mais fortes. Como é verdade que dificilmente se pode explicar um campeão por um lance, um pormenor, um momento, muito embora para a posteridade tenha ficado aquele título do FC Porto à custa do improvável golo de Kelvin. Mas é importante reconhecer que um campeão também pode ser construído por pequenas coisas, como essa de ser capaz de acreditar que pode vencer até ao último momento do jogo.
Ontem, o Benfica deu um pequeno, mas não se sabe se importante passo, no caminho difícil e ainda longínquo dessa sua ambicionada conquista do penta. Um jogo muito complicado, que nem sequer correu ao sabor dos ventos da fortuna. Um adversário competente, muito competitivo, muito a saber o que tinha de fazer em campo, coisa que não é propriamente uma novidade nas equipas de Luís Castro. E, mesmo assim, o Benfica foi mentalmente forte para marcar e merecer marcar o golo da vitória já além daqueles noventa minutos que muitos comentadores televisivos, não se sabe bem porquê, costumam classificar de regulamentares.
Da explicação da história do jogo rezará, obviamente, a crónica na visão do cronista, mas é imperativo assinalar a boa saúde física e mental deste Benfica com assinatura de Rui Vitória. Acossado por críticas, dúvidas e pelos maiores elogios aos seus adversários mais directos, o Benfica, tal como já parecia prever o seu treinador, começou mal a pré-época, mas começou bem a época. Um título na Supertaça e duas vitórias firmes no campeonato em jogos de alto coeficiente de dificuldade."
Vítor Serpa, in A Bola
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