"A comunicação social está em crise. Jornais que não vendem e canais televisivos que se digladiam por uma migalha de audiências são terreno fértil para o sensacionalismo e para a mistificação. Qualquer artista cospe para o ar, e logo temos uma bolha que enche primeiras páginas manhã após manhã, e ocupa os ecrãs serão após serão. Exalta-se o embuste, despreza-se a verdade. O que interessa é fazer barulho. Muito barulho.
O director de comunicação do FC Porto tem, neste contexto, revelado as suas habilidades. Põe lixo na ventoinha, e fica a observar o espectáculo. Reconheça-se que, em parte, consegue aquilo que quer. Por um lado, evita que se fale da profunda crise financeira, desportiva e institucional em que está mergulhado o clube que lhe paga. Por outro, ganha protagonismo pessoal que o deixa bem visto pelo chefe, como o cãozinho que, após levantar a pata, olha orgulhoso para o dono, abanando a cauda à espera do biscoito.
Perante isto só temos um caminho a seguir: mantermo-nos unidos, andar coma caravana, e continuar a ganhar, sabendo que, enquanto tal acontecer, os ataques serão reiterados e cada vez mais veementes, numa proporcionalidade correspondente ao aumento do desespero e da azia.
É importante percebemos que qualquer sinal de fragmentação dará força ao combate que nos movem. Não temos nada a temer, nem fantasmas para caçar. Em 2015 sofremos um ataque semelhante, também por via de um número de circo mediático, então protagonizado por um presidente rival. Respondemos com total união. Dois campeonatos depois sabemos que é essa a resposta que teremos de voltar a dar."
Luís Fialho, in O Benfica
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