"Passados estes dias de justificada euforia e de orgulho pelo ceptro europeu, decanto, aqui, um acontecimento que em mim permanecerá. Como português e como católico. Refiro-me ao agradecimento que, premonitoriamente, Fernando Santos fez muito antes da final ganha. Num tempo em que não acreditar é mais fácil do que crer, num tempo em que a nova moda é o ateísmo relativista, num tempo em que tanta gente prefere o absurdo ao mistério, o material ao espiritual, o instante ao permanente, num tempo, enfim, em que expressar-se publicamente como católico e dar testemunho de fé quase exigem coragem, Fernando Santos disse-nos, de alma aberta e livre, que para um verdadeiro cristão não existe diferença entre o pensamento, o coração e a oração. Desta maneira: «Em primeiro lugar e acima de tudo, quero agradecer a Deus Pai por este momento e tudo aquilo da minha vida [...]. Por último [...) falar com o meu maior amigo e sua mãe. Dedicar-Lhe esta conquista e agradecer-Lhe por ter sido convocado e por me conceder o dom da sabedoria, perseverança e humildade para guiar esta equipa e Ele a ter iluminado e guiado. Espero e desejo que seja para glória do Seu nome».
Fernando Santos não é um treinador católico, pois que católico não é nele um adjectivo, antes um substantivo. Por isso ele é treinador no trabalho e é católico na vida. Um homem que se deixa iluminar pela luz da fé, com a audácia da esperança e a fortaleza da generosidade, e que sabe que, sem Deus, nada é completo.
Aplicam-se-Ihe as palavras de Bento XVI, ditas em Portugal: «fazei coisas belas, mas sobretudo tornai as vossas vidas lugares de beleza»."
Bagão Félix, in A Bola
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