"«Estão a matar o atletismo». Esta frase foi proferida por Nelson Évora há um ano a propósito da organização dos Campeonatos de Portugal. Elevado número de concorrentes nalguns eventos levou a que o programa-horário se arrastasse bem para lá do que estava previsto.
Parece que o aviso do campeão olímpico do triplo-salto não foi levado muito a sério. No fim de semana em Pombal, o benfiquista estava zangado com a demora do seu concurso (durou 3 horas!) e as palavras de Nelson foram bem mais incisivas. admitindo não ir ao Mundial de pista coberta. "Se soubesse não tinha vindo. Parece que só os atletas têm interesse em estar nos Mundiais. Mais vale não competir em Portugal", comentou o atleta português mais mediático.
Depois de tantos recados é com alguma mágoa que se assiste a mais do mesmo nas organizações dos campeonatos, seja de pista coberta ou ao ar livre. O conceito e modelo estão verdadeiramente obsoletos, repetindo-se o mesmo quadro de há 30 ou 40 anos. Falta chama, animação e um respeito enorme por atletas e público. Uma das formas de avaliar o progresso de uma modalidade é observar a sua dinâmica competitiva - isto independentemente do nível dos resultados.
O atletismo precisa de captar patrocinadores, os clubes necessitam de trabalhar melhor para ter uma maior visibilidade (aceitar as regras do jogo é puro conformismo) e se a federação procura ter um clima de harmonia na Selecção isso também passa pela maneira como administra o que lhe compete: a organização dos seus campeonatos - 'apenas' os pontos altos da época."
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