"1. O Maior Árbitro do Mundo e Arrabaldes não deve estar nada contente com a sua participação no Mundial do Brasil. Escrevo isto porque, numa das suas frequentes intervenções públicas antes do torneio deu-nos - a todos os que apreciamos um futebol sem louvaminheiros a poderes apodrecidos - a esperança de vir a abandonar os relvados se as coisas lhe corressem de feição na dita prova. Sonharia o enlevado com a final? Sonhar é grátis. E a vaidade também não custa caro. Promovido aos píncaros por via da fatuidade, onde haverá chão para lhe assentar os pés? Não acusemos o homem: deixemos ao criador o pesar de o ter feito assim.
2. Mas não tardou o indivíduo a entrar no Banquete dos Antropófagos da arbitragem em Portugal. Desde o dia e que foi tornado público que o presidente do FC Porto considerava o chefe dos árbitros portugueses mais digno de ficar de cócoras no seu camarote do que ter acesso a um banquinho que fosse, que ninguém mais respeitou a hierarquia. Quem não se dá ao respeito, não pode ser respeitado já diz o povo. A arbitragem portuguesa não tem rei nem roque. Está entregue àqueles que festejam títulos à mistura com jogadores e treinadores, que oferecem insígnias, distribuem beijos a esmos pelos pescoços suados e se tratam por queridos. E, lá da sua cadeira que fede, o Madaleno ri."
Afonso de Melo, in O Benfica
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