"Rui Moreira – recém-eleito presidente da Câmara da cidade do Porto, portista conhecido por ter fugido de um estúdio de televisão quando confrontado com as escutas do caso de corrupção denominado “Apito Dourado” – afirmou que o FCP espelha o que é a cidade do Porto. Os portuenses não mereciam esta ofensa, na linha da de Mourinho quando designou o Porto como Palermo. São dois equívocos afinal tão próximos e tão míopes. Da miopia de quem confunde o cotão no umbigo com a Torre dos Clérigos.
Após mais um insucesso, um grupo de adeptos do FCP recebeu a sua própria equipa (o presidente da mesma seguia prudentemente à parte) com insultos, murros no autocarro, arremesso de tochas e ameaças várias. Esperaria o observador incauto que a ‘estrutura perfeita’ condenasse esses actos, mas, ao invés, arranjou-se um ex-treinador adjunto chamado Rui Quinta para dizer que “um número enorme de treinadores gostariam de estar naquele autocarro a levar com tochas". Sem dúvida, uma declaração edificante. Pelo caminho, puseram o actual treinador a prestar contas dos insucessos perante membros da SAD que gere o Clube e também perante membros de uma… claque. Estas práticas espelham os ideais da ‘estrutura perfeita’ e nunca demasiadamente louvada.
Entretanto, o Benfica passou para o primeiro lugar, garantindo às carpideiras que anunciavam a sua morte como um facto consumado que estavam ligeiramente enganadas e histericamente ansiosas.
Enfim, como escreveu o semi-heterónimo Bernardo Soares: “Tantos nobres ideais caídos entre o estrume, tantas ânsias verdadeiras extraviadas entre o enxurro!” "
Pedro F. Ferreira, in O Benfica
Sem comentários:
Enviar um comentário
A opinião de um glorioso indefectível é sempre muito bem vinda.
Junte a sua voz à nossa. Pelo Benfica! Sempre!