"FC Porto e Benfica partiram para os jogos da segunda mão dos oitavos de final da Champions e da Liga Europa na mesma situação: ambos eram favoritos face a Málaga e Bordéus; e um e outro tinham conseguido magros pecúlios na primeira mão, triunfos (1-0) que souberam a pouco.
No sul de Espanha, os dragões, menos ousados, apostaram na contenção e viram-se afastados de uma prova que dava prestígio e dinheiro.
As águias, por seu turno, na capital do vinho francês, fizeram do poder de fogo o principal argumento e foram ao estádio Chaban Delmas vencer e garantir presença no sorteio de hoje.
Daqui em diante, o que prevalecerá?
A caminhada vitoriosa dos encarnados criará uma dinâmica que levará a equipa de Jorge Jesus ao título ou o Benfica virá a pagar o esforço de estar em múltiplas competições lá mais para a frente?
E o FC Porto vai entrar em depressão depois do fiasco da Champions ou aproveitará para centrar recursos no objectivo único de revalidar o título?
Curiosamente, a próxima jornada - dragões no 'caldeirão' dos Barreiros e águias no D. Afonso Henriques - poderá fornecer pistas preciosas quanto ao que aqui vem, tanto mais que depois haverá paragem para jogos da Selecção Nacional.
Os sinais emitidos pelo FC Porto apontaram para uma equipa pouco fresca fisicamente, com um treinador contestado, que não ultrapassou Alvalade e desiludiu em Málaga; já os do Benfica permitiram descortinar meios alternativos interessantes e um técnico em estado de graça, a que se junta uma saúde psicológica própria de quem vai vivendo de vitória em vitória.
Em suma, foi uma jornada europeia em que o que mais surpreendeu, a nível nacional, foi a falta de estofo do FC Porto. Com danos irreversíveis..."
José Manuel Delgado, in A Bola
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