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quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Vender os craques

"Não sou bruxo, mas pareço: na semana passada falei sobre as eventuais transferências de Hulk e Witsel. Pois bem, ambos foram transferidos no mesmo dia e para o mesmo clube! E mantenho inteiramente o que escrevi: Hulk vai fazer muito mais falta ao FC Porto do que Witsel ao Benfica.
Sucede que, além de Witsel, o Benfica vendeu Javi García. E os adeptos estão naturalmente preocupados.
É preciso entender, porém, que a viabilidade dos clubes portugueses passa por comprar jogadores jovens, trabalhá-los, mostrá-los nas grandes montras do futebol europeu – e vendê-los com grande margem de lucro.
É isto que o FC Porto faz há muito tempo e é isto que o Benfica começou a fazer com Luís Filipe Vieira e Jorge Jesus. Ainda estão frescos o tempos em que o Benfica era um cemitério de jogadores: em vez de se valorizarem, depreciavam-se. Esse é o caminho da ruína.
O caminho do sucesso é o trilhado nos últimos anos. Di María, Ramires, David Luiz, Coentrão, Javi García e Witsel renderam ao Benfica muitos e muitos milhões.
Há quem não entenda o investimento que o Benfica faz todos os anos em jogadores que ainda não deram provas, achando que seria preferível conservar os bons valores do plantel. Só que isso não é possível: a partir de certa altura, os craques querem voar para outros campeonatos. Assim, a política certa é transferi-los quando estão no auge e podem render mais dinheiro, comprando ao mesmo tempo jogadores por descobrir que, bem trabalhados, poderão valer milhões dentro de dois ou três anos.
Claro que esta política exige continuidade e estabilidade. Continuidade directiva e estabilidade da equipa técnica."

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