"No final do Olhanense-Benfica, o tarefeiro de serviço na TV teve o desplante de perguntar a Jorge Jesus se os árbitros não andarão de má vontade contra o Benfica por o treinador criticar as arbitragens. E sugeriu, como remédio, que Jesus falasse menos. É extraordinário ver alguém a fazer de entrevistador e a sugerir ao entrevistado que se cale. Mas entende-se o recado, se o pensarmos como tendo origem no Sistema. Se quem denuncia a mentira desportiva falar menos, continua tudo na mesma, ou ainda pior, mas encoberto sob o manto do silêncio.
Já aqui tinha previsto que a recta final do Campeonato iria ser uma sucessão de atropelos da verdade desportiva. Mas não imaginei que fosse tão longe. Um erro de um árbitro e do respectivo ajudante deu uma vitória ao FC Porto sobre o Benfica, validando um golo em escandaloso fora de jogo.
O erro não decidiu apenas o resultado do jogo, mas também a classificação do Campeonato. O FC Porto já chegara à Luz com uma classificação aldrabada, garantindo-lhe condições de passar o Benfica no primeiro lugar, graças a erros de arbitragem que roubaram pontos ao Benfica em Guimarães e em Coimbra. Depois disso, para consolidar o efeito de sucessivos erros, o árbitro escolhido para Olhão só tinha olhos para um dos lados. Por este andar, o que se segue? Uma chuva de cartões no próximo jogo, procurando influenciar o resultado com o Braga e a composição da equipa face ao Sporting?
O Sistema, porém, tem um contratempo. Joga tão pouco, que nem levado ao colo consegue descolar. A propaganda fala-barato não ganha pontos. E é assim que, apesar de toda a manipulação, o Campeonato ainda não acabou."
João Paulo Guerra, in O Benfica
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