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quarta-feira, 23 de julho de 2025

O clube que me deu tudo


"1. É tempo de mercado de verão. É tempo, portanto, “daquilo” que hoje é verdade, mas que amanhã corre grandes riscos de ser mentira, citando António Pimenta Machado, histórico presidente do Vitória Sport Clube. São nomes e mais nomes, num corrupio de intenções, umas válidas, outras vá lá saber-se de que imaginação brotaram. Aconselha o bom senso a só acreditar em saídas e em entradas que já passaram na prova do “preto no branco”, ou seja, da documentação assinada por todas as partes.

2. Para já, no que diz respeito ao nosso clube, sabemos, e já sem dúvidas nenhumas, que o Benfica de 2025/26 não contará com Álvaro Carreras nem com Orkun Kökcü. O jogador espanhol e o jogador turco tiveram despedidas diferentes em consonância com a imagem que, um e outro, deixaram por cá.

3. De Carreras pouco se esperava quando aqui arribou. Era um jovem lateral que tinha feito parte da formação no Real Madrid e que seguira para o Manchester United, onde nunca se impôs. Teve dois empréstimos falhados – Preston North End e Granada – e ao terceiro empréstimo – Benfica – revelou-se em toda a sua dimensão.

4. Carreras foi, provavelmente, o melhor e mais consistente jogador do Benfica na temporada passada, e o Real Madrid fez tudo para o levar. E levou. Álvaro Carreras despediu-se de nós com um texto longo e sentido, que publicou numa rede social e, no dia da sua apresentação, em Madrid, ao lado do presidente do clube, voltou a agradecer ao Benfica e aos benfiquistas com palavras que a todos tocaram: “Estou eternamente agradecido ao Benfica, o clube que me deu tudo.”

5. O futebol dá muitas voltas e, no caso específico de Álvaro Carreras, dê o seu percurso profissional as voltas que der, ao serviço do Real Madrid, ou de qualquer outro futuro emblema, uma coisa será sempre certa: Carreras será sempre recebido no Estádio da Luz como um dos nossos.

6. Já de Orkun Kökcü não se poderão dizer estas mesmas coisas. O turco que chegou ao Benfica na qualidade de “melhor jogador” do campeonato dos Países Baixos nunca se impôs como os benfiquistas aguardavam, e o seu currículo ao serviço do Feyenoord fazia esperar. Disciplinarmente, teve casos com Roger Schmidt e com Bruno Lage, abusando da paciência dos seus treinadores, dos seus colegas e dos adeptos.

7. Segue agora para o Besiktas deixando nas redes sociais uma mensagem lacónica aos benfiquistas, um “adeus” e “obrigado” e nada mais. Kökcü foi uma desilusão do princípio ao fim. Uma desilusão episodicamente enfeitada com laivos de bom futebol e uma técnica superior, mas, ainda assim, uma desilusão. Que pena."

Leonor Pinhão, in O Benfica

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