"1. É tempo de mercado de verão. É tempo, portanto,
“daquilo” que hoje é verdade, mas que amanhã
corre grandes riscos de ser mentira, citando António Pimenta Machado, histórico presidente do Vitória Sport Clube. São nomes e mais nomes, num
corrupio de intenções, umas válidas, outras vá lá
saber-se de que imaginação brotaram. Aconselha
o bom senso a só acreditar em saídas e em entradas que já passaram na prova do “preto no branco”, ou seja, da documentação assinada por todas
as partes.
2. Para já, no que diz respeito ao nosso clube, sabemos, e já sem dúvidas nenhumas, que o Benfica de
2025/26 não contará com Álvaro Carreras nem
com Orkun Kökcü. O jogador espanhol e o jogador
turco tiveram despedidas diferentes em consonância com a imagem que, um e outro, deixaram por cá.
3. De Carreras pouco se esperava quando aqui arribou. Era um jovem lateral que tinha feito parte da
formação no Real Madrid e que seguira para o
Manchester United, onde nunca se impôs. Teve
dois empréstimos falhados – Preston North End
e Granada – e ao terceiro empréstimo – Benfica
– revelou-se em toda a sua dimensão.
4. Carreras foi, provavelmente, o melhor e mais consistente jogador do Benfica na temporada passada,
e o Real Madrid fez tudo para o levar. E levou.
Álvaro Carreras despediu-se de nós com um texto
longo e sentido, que publicou numa rede social e,
no dia da sua apresentação, em Madrid, ao lado do
presidente do clube, voltou a agradecer ao Benfica
e aos benfiquistas com palavras que a todos tocaram: “Estou eternamente agradecido ao Benfica,
o clube que me deu tudo.”
5. O futebol dá muitas voltas e, no caso específico de
Álvaro Carreras, dê o seu percurso profissional as
voltas que der, ao serviço do Real Madrid, ou de
qualquer outro futuro emblema, uma coisa será
sempre certa: Carreras será sempre recebido no
Estádio da Luz como um dos nossos.
6. Já de Orkun Kökcü não se poderão dizer estas
mesmas coisas. O turco que chegou ao Benfica na
qualidade de “melhor jogador” do campeonato dos
Países Baixos nunca se impôs como os benfiquistas aguardavam, e o seu currículo ao serviço do
Feyenoord fazia esperar. Disciplinarmente, teve
casos com Roger Schmidt e com Bruno Lage, abusando da paciência dos seus treinadores, dos seus
colegas e dos adeptos.
7. Segue agora para o Besiktas deixando nas redes
sociais uma mensagem lacónica aos benfiquistas,
um “adeus” e “obrigado” e nada mais. Kökcü foi
uma desilusão do princípio ao fim. Uma desilusão
episodicamente enfeitada com laivos de bom futebol e uma técnica superior, mas, ainda assim, uma
desilusão. Que pena."
Leonor Pinhão, in O Benfica

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