Últimas indefectivações

quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Poker...


Benfica 5 - 0 Valomgo

Estreia na Champions, com uma vitória clara, com uma 1.ª parte fraquinha, mas com um 2.º tempo esclarecedor... e com o Ordoñez a abrir o livro, com dois grandes golos!!!

Destaque para a lesão e cirurgia do João Rodrigues (partiu o nariz!), que provavelmente irá regressar com máscara!!!

Nené

Contas para ajustar


"Proximidade do mercado já exige trabalho das direções; no Benfica, trocar a atual alternativa a Bah (Kaboré) parece ser uma das hipóteses fortes

Em mais uma pausa do campeonato, já se fazem as contas na proximidade do mercado. Tempos houve, e que eu vivi, em que os plantéis ficavam definidos à partida para toda uma nova época. Agora não. Esse sossego perdeu-se, provavelmente para sempre, mas representava uma estabilidade inicial que agora é difícil recriar.
Concluir o que poderá ser o bom reforço das equipas é trabalho atempado importante das direções dos clubes, tendo em conta as suas ambições, mas também olhando às suas realidades financeiras.
No caso do Benfica, várias dúvidas parecem ser meditadas em relação ao que fazer. Considerar trocar a atual alternativa a Bah parece ser uma das hipóteses fortes. Kaboré, mesmo com potencial, confirma dificuldades neste seu novo passo e o tempo nos grandes clubes não pára. A validar esta operação está Bah, que repete a sua tendência para as lesões que o afastam da competição com alguma frequência. Mais ao meio da defesa mantém-se a qualidade de dois jovens já internacionais, numa luta curiosa e acesa pelos lugares iniciais, quer no Benfica, quer na nossa Seleção. Este duelo é ainda mais especial pelas diferentes preferências de Lage e Martínez. No Benfica, é Tomás Araújo quem assume a preferência e a titularidade. Já na Seleção, há a continuada escolha em António Silva, mesmo sabendo que o seu ritmo competitivo não pode ser o mesmo do parceiro. Um caso invulgar o destes rapazes. Se Otamendi vai ou fica é igualmente uma questão atual, e pertinente, que pode levar a nova aposta renovadora nesta eventual vaga. É este um caso em que a avaliação entre o que se ganha e o que se perde deve ser bem medida e com critério. Ficar ou partir? Entretanto, lá na frente sonha-se com golos, porque no Benfica quer-se sempre mais e, embora venha fazendo por isso, a verdade é que Arthur Cabral tarda em reafirmar a sua capacidade goleadora. Na sua melhor fase no clube, já lá vai algum tempo, viu interrompido o seu melhor momento nunca se soube bem porquê. Teremos cara nova em alternativa a Pavlidis? Ou a batalha de Cabral continua e ainda dará resultados?

Pepe
O desejo de qualquer jogador de saída para a outra vida é fazê-lo em alta, antes que alguém lhe indique incomodamente a porta de saída. Pepe é dono de uma carreira longa e de grande sucesso recentemente terminada. Há várias maneiras de sair de cena, mas é difícil encontrar alguém que tenha abandonado assim o futebol jogado. Acabar como titular absoluto do seu clube e da Seleção Portuguesa aos 41 anos é algo próximo do inacreditável, para além de exceções, não muitas, de quem defende as balizas. Foi consensual pela sua capacidade indiscutível, mas não tanto para os adversários, dada a excessiva dureza que o marcou em fases mais anteriores da sua carreira. No final, Pepe foi indiscutivelmente um grande defesa, talvez o melhor central que por cá vimos nas últimas décadas.
Conheci-o ainda muito jovem no Marítimo, o seu primeiro clube em Portugal. Fui, nessa altura e também pela primeira vez, assistente, e de um treinador russo de nome Byschovets, que chegava com o honroso título de campeão olímpico.
Mais recentemente, muitos anos depois e na equipa técnica do Boavista, reencontrei o Pepe em campo e confesso que fiquei agradado por ele ter correspondido quando o saudei: «claro que me lembro de si do Marítimo!», respondeu então, atenciosamente. Parece pouco, mas retrata humildade, respeito e também memória, características que foram por certo importantes no seu longo trajeto e assim não tão frequentes neste mundo da bola.

Número 9
Voltamos ao 9... Em todas as atividades existem departamentos específicos e especialidades. Também no futebol os jogadores são distribuídos em posições de acordo com as suas características. Na ponta mais avançada das equipas convém colocar alguém que finalize o que lhe vai chegando e que tenha especiais recursos para isso. Mesmo o fenómeno Mbappé é posto em causa numa posição que não é completamente a sua. Um problema por solucionar, sabendo que da esquerda do ataque da sua equipa surge Vinicius Jr, de rendimento difícil de bater. Benzema foi o último grande 9 do Real Madrid e comentou, recentemente, esta encruzilhada em que vive o seu companheiro de seleção. Disse ele, e eu concordo, que cada um é para o que nasce."

No Princípio Era a Bola: Confiar é uma “inquietação” para Roberto Martínez. Geovany Quenda tem sido a principal vítima do problema do selecionador

5 minutos: Diário...

Terceiro Anel: Diário...

Vitórias europeias


"São vários os temas nesta edição da BNews, com destaque para os triunfos europeus no andebol e no voleibol e para o 75.º aniversário de Nené.

1. Atividade nas seleções
Trubin, Otamendi, Tomás Araújo, Barreiro, Kökcü, Aktürkoğlu, Schjelderup e Amdouni estiveram em ação, nos últimos dias, por seleções dos seus países.

2. 75 anos de uma glória do Benfica
Nené celebra o 75.º aniversário de vida. Os antigos colegas Toni, Vítor Martins, António Bastos Lopes e José Manuel Delgado recordam o extraordinário jogador.
E ainda, no Site Oficial, a notável carreira do prolífero goleador benfiquista em 75 factos.

3. Convocadas
Cristina Prieto (Espanha), Nycole Raysla (Brasil) Joana Silva, Letícia Almeida e Carolina Ferreira (Sub-23 de Portugal) integram convocatórias de seleções.

4. Inspiradoras na Luz
O dérbi de futebol no feminino entre Benfica e Sporting, no dia 1 de fevereiro do próximo ano, está agendado para o Estádio da Luz.

5. Na main round
O Benfica ganhou, por 39-32, frente ao Kadetten Schaffhausen na 5.ª jornada da fase de grupos da EHF European League e está apurado para a próxima fase. Jota González elogia o grupo de trabalho: "É muito bom, ganhámos os cinco primeiros jogos no grupo, já estamos qualificados. Os jogadores estiveram muitíssimo bem, são os grandes protagonistas das vitórias que temos alcançado."

6. Nos oitavos de final
O Benfica está nos oitavos de final da CEV Volleyball Cup. Na 2.ª mão dos 16 avos de final disputada com o Calcit Kamnik, venceu por 0-3. Marcel Matz considera: "A equipa está de parabéns, jogou bem, e manteve-se bem até depois de ter conseguido a qualificação."

7. Jogo do dia
Benfica e Valongo encontram-se na Luz (20h00) no âmbito da 1.ª jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões. Edu Castro refere a importância dos adeptos junto da equipa: "É fantástico como nos apoiam, como nos animam, como nos fazem acreditar no hóquei que queremos jogar. A nossa intenção é oferecer o mesmo que viram nestes dois primeiros jogos: um hóquei vertical, com uma direção rápida à baliza, quantos mais formos, mais temos a ganhar."

8. Ações do futebol jovem
Os CFT juntaram-se no Benfica Campus e foi realizada, no sintético do Estádio da Luz, mais uma edição da Liga Interna das Benfica Escolas de Futebol.

9. Community Champions League
A edição deste ano do projeto da Fundação Benfica em parceria com a GEBALIS já arrancou.

10. Primeiro aniversário
A primeira Casa do Benfica 2.0, em Santarém, celebrou um ano de atividade neste modelo."

Observador: E o Campeão é... - Renato Sanches. “É só problema nunca solução”

Observador: Três Toques - O que se passa com Roberto Martinez?

Zero: Tema do Dia - Setúbal celebra os 114 anos do Vitória: há salvação no Bonfim?

Zero: Negócio Fechado - S03E10 - Drulovic no Penafiel

Zero: Reactzz - S02E10 - A beleza do futebol amador

A hipocrisia....


"Às 21h50 no canal V+
3ª FEIRA É NOITE DE DEBATER A ATUALIDADE DO FUTEBOL no programa "Clássico", com os intervenientes do costume.
Na semana passada a goleada ao FC Porto dominou a noite - deixo um pequeno excerto. Hoje o "menu" tem muitos e variados temas para abordar.
SAUDAÇÕES BENFIQUISTAS!"

Anedotas!


"Nuno Santos apanhou o castigo mais pesado da última década (8 jogos) devido ao incidente provocado numa bancada, da qual resultaram feridos.
O jogador leonino vai cumprir a suspensão numa altura em que se encontra lesionado Anedótico, no mínimo! Ao nível das suspensões do Sérgio Conceição e do Eng° Luís Gonçalves que eram suspensos em períodos de férias.
O Sporting, por sua vez, decidiu recorrer da sentença, por entender que é um castigo demasiado severo para o caso, uma vez que para o clube de Alvalade a responsabilidade é do material estar sem manutenção.
TODOS VIMOS AS IMAGENS NA TV!
Cá está a lisura e os bons costumes que tanto apregoam. Em vez de assumirem a responsabilidade, querem fugir por via justiçal mesmo sabendo que este ato colocou a vida de dois adeptos em risco.
Não sei qual é a anedota maior, se a suspensão em tempo de lesão, se o argumento usado pelo Sporting CP."

Então e agora?!


"Todos nos lembramos quando Jaime Cancella de Abreu disse na SportTV, que a comunicação da FPF fez tão mal o seu trabalho que deu aso a que se especulasse que Pepe tinha abandonado apressadamente o estágio da Seleção por causa do controlo antidoping surpresa da FIFA.
O comendador afeto ao Benfica foi SANEADO do canal de Joaquim Oliveira - sabe-se que a pedido de Fernando Gomes, presidente da FPF.
Quem quiser fazer uma busca pelo vasto mundo da internet, dificilmente vai conseguir encontrar um video com esse momento.
Vá-se lá saber porquê...!
Não vimos má educação, desprestígio pelas pessoas ou instituições, ofensas ou outra coisa qualquer. Assistimos a debates com lucidez e elevação.
Ontem, no canal V+, no programa onde participa José Manuel Antunes , assitiu-se a um momento - que não deixando de ter a razão do seu lado - foi no mínimo inusitado e ofensivo para com o Selecionar Nacional. Rodrigo Roquete adjetivou Roberto Martinez de palhaço 🤡.
Ficaremos a aguardar que posição terá Fernando Gomes e a FPF em relação ao lugar que o comentador sportinguista tem no canal de cabo da TVI ..."

Modric, chama o Vitinha, por favor


"Onde outros veem a escuridão, becos e medos cénicos, o médio do PSG encontra a luz e dá à bola um tratamento VIP

E aquele passe de Vitinha contra a Croácia a ressuscitar João Félix na Seleção? A frase tem direitos de autor: é do povo. O povo nos cafés, o povo na pausa para o almoço e para o lanche, se calhar o povo em família enquanto assiste à novela da noite.
Frente à Polónia e Croácia, Portugal ofereceu-nos 90 minutos de futebol perfumado. Pena não terem sido 90 minutos seguidos. Uma segunda metade demolidora com a Polónia e primeiros 45 minutos autoritários contra os croatas, como o patriota gosta, formam a soma dos méritos da Seleção Nacional, que segue alegre o seu caminho na Liga das Nações.
Sem ter marcado um único golo, Vitinha emergiu não apenas como desbloqueador de conversa, mas como o desbloqueador do jogo luso. É o nosso Modric na habilidade, inteligência e capacidade de tornar simples o que para tantos jogadores deste planeta é complexo. A relação com a bola é de amor, há um desvelo a tratar o couro que é de craque, portanto, mais estranho que o ver saltar do banco para dar cabo da Polónia, foi vê-lo sentado a observar aqueles 45 minutos deploráveis e penosos.
Porém, a Liga das Nações também serve para isso, para perceber que, apesar do diminutivo no nome, Vitinha agiganta-se, resolve jogos e descobre atalhos onde outros encontram becos e medos cénicos. É um médio de calibre mundial, de uma fineza rara, que saiu do FC Porto bem trabalhado por Sérgio Conceição. Esse mérito ninguém tira ao ex-treinador dos dragões. O resultado é este, um médio mais completo que pode existir."

Terceiro Anel: Croácia...

Pelo ouro sobre as quinas


"22 milhões de euros - foi o montante do contrato celebrado entre o Estado Português e o seu Comité Olímpico para financiamento do Programa Paris 2024. No seu regresso dos últimos Jogos, o Primeiro Ministro Luís Montenegro afirmou que o Governo iria aumentar em mais de 20% esse financiamento, ou seja, um aumento de 4,4 milhões de euros. Isto significa que, nos próximos 4 anos, e para cumprir a sua missão, o COP irá enquadrar um suplemento de 1,1 milhões euros/ano no seu orçamento.
Confesso que nunca me pareceu que a forma mais sensata e eficaz para um Governo de ajudar a resolver os problemas do desporto fosse a de “atirar” dinheiro assim, qual monarca magnânimo, sem concertação prévia ou objetivo definido. Mas, como essa parece infelizmente ser uma prática bastante usual, fiquemo-nos pela consideração do que de muito positivo tem - mais dinheiro para o desporto olímpico – e ponto final!
Neste contexto, caberá ao COP a ponderação responsável da aplicação desse acréscimo financeiro. Nada que envolva especial dificuldade, pois serão certamente várias as carências a reclamar mais meios financeiros. E uma das soluções, talvez a mais óbvia (mas que em verdade pouco de relevante alterará), será a de distribuir por todo o programa olímpico esses novos 20% anuais.
Em alternativa, proponho que uma pequena refleção nos leve a determinar um setor onde tal suplemento financeiro vá realmente valer a pena e ter um determinante impacto positivo. Quando olhamos para o Programa Olímpico, e sabendo da sua importância, temos noção do longo percurso pleno de obstáculos que um atleta tem de percorrer para lá chegar, o que obriga a que nada possa faltar em termos de apoio a quem alcança este supremo patamar desportivo.
Nos dias de hoje, um atleta de alto nível planeia e estrutura a sua época desportiva de forma a tentar atingir e permanecer no topo dos rankings mundiais na sua modalidade. Para isso, tem de atender a uma multiplicidade de custos que vão desde as viagens a encontros e competições, o alojamento, os estágios, as infraestruturas de treino, o material desportivo altamente especializado, a suplementação, o apoio médico e nutricional, a saúde mental, até à fisioterapia e recuperação do treino.
Para se atingir este nível desportivo, há um longo e tortuoso caminho a percorrer. Esse caminho, pleno de pequenos avanços e tantos outros recuos, está alicerçado na motivação e na ambição de cada atleta e seu treinador, no trabalho desenvolvido pelos nossos clubes e enquadrado da melhor forma possível pelas respetivas federações desportivas. Olhemos, por exemplo, para uma modalidade, o atletismo, e dentro dela para uma especialidade que nos deu um campeão olímpico - o triplo salto e o Nelson Évora!
Para que um atleta consiga alcançar o nível de entrada do Programa Olímpico (nível Elite) no triplo salto, tendo por base os critérios definidos na sua grelha de integração, requer-se que o seu desempenho se traduza numa classificação até ao 8.º lugar em Campeonatos da Europa ou ao 16.º em Jogos Olímpicos ou Campeonatos do Mundo, isto no escalão absoluto, ou em alternativa fazer uma marca “tão simples como” 17.14 m. Ou seja, um atleta que não renova anualmente classificações ou marcas deste calibre, deixa simplesmente de integrar o Programa Olímpico.
Nelson Évora, que na sua primeira participação olímpica em Atenas 2004 atingiu o 40.º lugar, foi 4 anos depois, em Pequim, o nosso campeão olímpico. Como foi isto possível? Com um enorme esforço e dedicação do atleta e seu treinador, mas também com o apoio do programa olímpico que integrou. Ninguém duvide da exigência tremenda que isto significa.
Para um atleta, o Alto Rendimento significa o escrutínio anual repetido, dentro dos mais altos patamares europeus e mundiais. Num país como o nosso, onde a base de recrutamento é curta, uma abordagem responsável e estruturada não pode deixar de construir e proteger o verdadeiro alicerce de todo este sistema de apoio.
Os clubes e as federações são quem acolhe os atletas e quem ajuda fazer deles campeões até que o projeto olímpico os receba. E a fronteira entre o alto rendimento (das federações) e o projeto olímpico (do COP) é difícil de transpor, transformando-se muitas vezes num vaivém frustrante e desmotivador para o atleta com grandes sonhos e aspirações.
Em 2022, uma inovação foi introduzida para trazer estabilidade ao atleta, e sobretudo o conforto de não ser imediatamente “despedido” porque um dia tudo correu mal. Diz-se nessa alteração (que entra em vigor pela primeira vez após Paris) que “… aos atletas que participem nos Jogos e que não obtenham um resultado desportivo de acordo com os objetivos definidos será garantida a integração mínima num período não inferior a seis meses…”, tendo ainda em consideração uma nova oportunidade competitiva.
Esta almofada de proteção vem impedir que a frustração de um mau resultado possa inspirar uma desistência. Afinal, até os campeões têm também dias maus. E não podem, nesses dias mais agoirentos, ser abandonados. Nem eles nem os clubes e as federações que os fizeram crescer. Parece-me facilmente evidente que esta seja uma das áreas que melhor podem acolher valiosos acréscimos orçamentais como os prometidos.
Portugal não se pode dar “ao luxo” e à irresponsabilidade de deixar desprotegidos atletas cujo talento e potencial só podem ser enquadrados pelas nossas federações desportivas, cujo reforço de verbas não tem acompanhado a proporção dos custos destes projetos, estrangulando o sistema e fazendo com que muitos percam a motivação e não sintam capacidade nem apoio para apostar de forma permanente e firme no Alto Rendimento.
Quanto mais estabilidade se oferecer a atletas e treinadores no seu dia a dia, e quanto maior for a coordenação entre o alto rendimento federativo e o projeto olímpico, mais consistente e duradouro será o contingente de jovens campeões a ambicionar o lugar no pódio e a acreditar nas gloriosas medalhas olímpicas a repousar sobre o nosso belo equipamento das quinas. Acredito que esta será uma aposta vencedora."

O dirigente voluntário


"Na passada semana tive a oportunidade de assistir a um debate sobre a necessidade de rever o Estatuto do Dirigente Associativo Voluntário. A elevada participação de cidadãos que, de forma totalmente benévola, desempenham funções dirigentes em associações, fundações, instituições de cariz social, cultural e também desportivo revela o inegável contributo e relevância destes para o desenvolvimento do país e, como não podia deixar de ser, do desporto nacional.
Porém, para poderem desenvolver a sua atividade, é necessário estabelecer as adequadas condições para que não sejam prejudicados na sua vida pessoal e profissional por assumirem este compromisso. Aplica-se a estes dirigentes, enquanto Lei geral, a Lei 20/2004 que aprova o Estatuto do Dirigente Associativo Voluntário e que define as prerrogativas dos dirigentes associativos voluntários (desportivos e não só), concretamente, em termos de crédito de horas, regime de faltas, tempo de serviço, marcação de férias e seguro de acidentes pessoais.
Existe ainda, desde 1995, um diploma específico de apoio ao dirigente desportivo voluntário. O DL 267/95 contempla apoios à formação (único a que os dirigentes de clubes desportivos têm direito nos termos deste diploma), apoio jurídico, facilidade na organização do horário de trabalho, dispensa temporária do exercício de funções e comparticipação de seguros. Existem ainda alguns regimes especiais dispersos, designadamente, nas Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores.
A mais recente publicação sobre o tema, da autoria do Prof. José Manuel Meirim, evidencia a necessidade de revisão destes diplomas, de forma a torná-los adequados às necessidades sentidas pelo próprio movimento associativo."

quarta-feira, 20 de novembro de 2024

Convincente...

Benfica 39 - 32 - Kadetten
20-14

Qualificação, com o 1.º lugar garantido para a próxima fase, com mais uma vitória contra os Suíços. A equipa continua a dar excelentes sinais... Destaco nos últimos jogos a veia goleadora do jovem Cavalcanti...

Na última jornada vamos a Limoges, com tudo decidido, mas com os pontos a contarem para a 2.ª fase, já que os Franceses também garantiram o 2.º lugar no grupo.

Ficámos assmi num grupo com o Bidosa, o Ystads e o Limoges que também passou no nosso grupo. Sendo assim, entramos pelo menos com 2 pontos, porque os jogos com o Limoges 'contam'. Vamos fazer 4 jogos, com o Espanhóis e os Suecos, com os 2 primeiros a qualificarem-se, sendo que o 1.º lugar do grupo terá lugar garantido nos Quartos-de-final! A jogar assim, temos boas probabilidades de passar...

Vitória na Eslovênia...

Kamnik 0 - 3 Benfica
15-25, 22-25, 17-25


Confirmação da qualificação para os Oitavos-de-final da CEV Cup, com uma segunda vitória na Eslovénia, sem o Alejandro (e o Pablo), mas com os Centrais a fazerem muitos pontos!!!

Agora, teremos o grande teste da época: os Italianos do Trentino, serão muito provavelmente os nossos adversários, provavelmente a equipa mais forte nesta competição...

Terceiro Anel: Bola ao Centro #78 - De volta ao trabalho!!!

O que há para ver enquanto o Benfica não volta


"Numa fase em que pouco ou nada acontece no futebol profissional, há mais tempo para investir nas modalidades e na observação das tendências internacionais. A notícia mais interessante que li esta semana pareceu chocar muitos patriotas, mas foi a que mais esperança me deu. Passo a explicar: nove jogadores convocados para representar a seleção de Inglaterra em mais uma pausa do futebol de clubes — que, para os jogadores, é tudo menos uma pausa — anunciaram simultaneamente que não estavam disponíveis para estes dois jogos, por sinal decisivos para as aspirações inglesas nesta competição extraordinária que dá pelo nome de Liga das Nações.
Os atletas entenderam que não estavam aptos, apresentaram algumas razões mal explicadas e prepararam-se para viver com a fama temporária de trabalhadores menos árduos ou patriotas falhados, isto até que as redes sociais se esqueçam do assunto ou — qual dos dois períodos mais curto — até que o selecionador interino Lee Carsley e Thomas Tuchel, futuro selecionador de Inglaterra, cheguem à conclusão óbvia de que não têm qualquer hipótese de disputar uma competição de seleções sem Trent Alexander-Arnold, Declan Rice, Bukayo Saka, Cole Palmer ou Phil Foden, para referir apenas alguns dos jogadores que faltaram à convocatória. O que têm em comum? São alguns dos melhores futebolistas da atualidade.
Este texto não é uma defesa da preguiça, nem tão pouco um desabafo contra o patriotismo, ainda que a preguiça seja um atributo manifestamente injustiçado e o patriotismo uma virtude por vezes exagerada. Parece-me pertinente, isso sim, que os principais atletas da modalidade assumam a sua vontade sem se sacrificarem como participantes de um Hunger Games futebolístico, preferindo antes cuidar da sua disponibilidade física e mental quando se preparam para disputar alguns dos jogos mais importantes da sua época desportiva, neste caso na Premier League e na Liga dos Campeões.
Se isso não bastar, podemos aprofundar o diagnóstico desta situação atentando ao valor percebido da competição que dá pelo nome de Liga das Nações: um carrossel de jogos de futebol maioritariamente intragáveis, que sobrevivem à conta da necessidade da imprensa em ter alguma coisa para acompanhar e, claro, das apostas desportivas, que seguramente encontram nestes jogos material de sobra para dar lucro à casa. Se é assim, apetece-me perguntar ao capitão Harry Kane, que, a propósito da ausência dos seus colegas, descreveu o imperativo de representar a pátria como se alguém o tivesse chamado para uma guerra: que batalha imperiosa é que a seleção inglesa travou frente à Irlanda ou à Grécia? O apuramento para a primeira divisão da Liga das Nações?
Para somar a este absurdo, relembro que a seleção de Inglaterra chegou meritoriamente à final do último Campeonato da Europa disputado nesta modalidade, há apenas quatro meses. É possível que isto seja descrito em alguns fóruns como uma medida da competitividade desta prova. A mim, parece-me uma medida do absurdo. Em suma, o meu espanto é que não tenham sido mais de nove atletas a boicotar a convocatória para a seleção inglesa. Mas lá chegaremos, inevitavelmente. É bom que os atletas, em especial os melhores, vão lembrando seleções e clubes de que o futebol não é o mesmo sem eles.
Pode o leitor ter interpretado que escrevo este texto irritado após ter lido notícias sobre as lesões de Bah e Tomás Araújo ao serviço das respetivas seleções. E interpreta muito bem. Não tão grave, mas ainda assim preocupante, foi saber que o melhor jogador do atual plantel, Akturkoglu, chegou ao fim do seu jogo na seleção em lágrimas, após ter falhado um penálti decisivo (para quem? Não fazia ideia quando li a notícia, mas suspeitei logo que envolvia o apuramento da Turquia para alguma coisa pouco relevante). Bastou carregar a página web para confirmar que ainda não é desta que a Turquia se apura para a Liga A da Liga das Nações (até nas designações utilizadas, esta Liga é má).
Podem ser patriotas à vontade, mas vamos concordar nisto: o mínimo que se exige às seleções que incluem atletas do Benfica é que ganhem sempre, idealmente de forma folgada, por forma a contribuir para o bem-estar psicológico dos jogadores do clube. Sendo absolutamente egoísta e insensível em relação ao tema, talvez seja azar meu ou alguma precipitação na matemática, mas, exceção feita a um talento absolutamente excecional — Enzo Fernández — tenho alguma dificuldade em perceber a valorização dos atletas do Benfica, enquanto representam o clube, ao serviço das seleções nacionais.
Bem sei do consenso em torno da Seleção Nacional, segundo o qual este texto se aproxima do ilícito criminal, mas estou disponível para morrer sozinho nesta colina. Poucas coisas me entusiasmam menos no futebol em 2024 do que saber quem são os possíveis adversários de Portugal nos quartos de final da Liga das Nações. Ainda assim, com humildade e respeito por quem pensa diferente, fiz questão de perguntar a amigos e familiares sobre esta competição. Pedi-lhes que me explicassem onde está o interesse, a ver se também eu me entusiasmo. A maioria não conseguiu melhor do que um tímido «é o que há para ver enquanto o Benfica não volta». Não sei se será a melhor campanha de marketing para promover um conjunto de jogadores representativos de um país, mas pelo menos seria honesto."

Álvaro Carreras


"MUITAS DÚVIDAS DESFEITAS COM VÁRIAS GRANDES EXIBIÇÕES

1. Não obstante a boa escola de formação por onde andou (Real Madrid), não obstante ser internacional sub-21 espanhol, coisa que não é para todos, não obstante vir do Manchester United, a primeira imagem que Carreras nos deixou não foi a melhor. Muitos questionaram, por isso, se não teria sido preferível investir os 6M€ que custou num prémio de assinatura de renovação de Grimaldo.
2. Defensivamente, Álvaro Carreras tem sido, entretanto, uma das grandes surpresas e um dos grandes beneficiados com o regresso de Bruno Lage ao comando da equipa: tem mostrado uma flexibilidade tática que lhe permite ocupar em diferentes momentos do jogo as posições de terceiro central e de lateral esquerdo, melhorou muito os posicionamentos, especialmente no jogo aéreo, um ponto fraco que lhe era apontado, as antecipações e os duelos.
3. Ofensivamente, tem dado largura ao nosso jogo, tirando partido do facto de ter boa técnica com os dois pés, muito boas receções de bola, várias delas orientadas, excelentes combinações com o extremo do seu lado - Akturkoglu ou Beste -, exploração da linha de fundo e capacidade para centrar e assistir com qualidade.
4. Não só: Carreras tem evidenciado forte personalidade, chega-se à frente nos jogos mais difíceis, estando ligado com grandes exibições às melhores prestações da equipa (goleadas ao Atlético de Madrid e ao FC Porto), e mesmo nos jogos menos conseguidos da equipa tem sido dos melhores.
5. Ultimamente virou goleador e marcou em Faro e na receção ao Porto os golos inaugurais daqueles jogos. Promete mais.
6. O problema agora, à medida que vai fazendo esquecer Grimaldo, já não é o que custou, é, sim, o drama do Manchester United poder estar interessado em exercer a cláusula de recompra que tem sobre o jogador. Como as coisas mudam: 6M€ era muito, 20M€ é pouco.
7. As afirmações de Carreras que hoje são publicadas na comunicação social são importantes, uma vez que a vontade do jogador - de ficar ou de partir - será decisiva e ele mostrou-se muito feliz por estar no Benfica, com o qual tem contrato por várias épocas. Mas também sabemos que, no futebol, o que hoje é verdade, amanhã pode ser mentira."

#BENFIQUISTÃO



"Boa altura para recordar as palavras do líder sapense sobre o facto de ter…”advogados, juristas, juizes…” no seu bolso…perdão…mas suas listas…"

Pre-Bet Show #88 - O melhor jogador dos 17 aos 30 anos

5 minutos: Diário...

Terceiro Anel: Diário...

Zero: Tema do Dia - Seleção Nacional em Split: cinco nomes em análise

Observador: E o Campeão é... - "Quenda já provou." Martinez teve “falta de tato”

Observador: Três Toques - Operação Pretoriano "obriga" a limpeza no FC Porto

A Verdade do Tadeia #2025/20 - A seleção no melhor e no pior

Zero: Senhoras - S05E12 - Será o Torreense o melhor do segundo pelotão?

Zero: 5x4 - S05E12 - Benfica tropeça... e o Sporting é líder

Terceiro Anel: Lanterna Vermelha S01 R/16: 5/8 - Tiago Godinho VS Tiago Lopes!!!

3x4x3


Repto (pré)natalício: vamos ser mais educados


"Ainda não é Natal, mas o cheiro das festas já paira no ar. Nota-se nas montras, cada vez mais compostas com renas e pais natais, nas árvores dentro das casas, que começam a brilhar escondidas atrás das cortinas, e na iluminação alegre, que vai vestindo timidamente as ruas das nossas cidades.
Sim, é oficial. O Natal está à porta. Vem aí uma das quadras mais especiais do ano, que miúdos e graúdos tanto gostam. Vêm aí dias que apelam ao sentimento, ao melhor que cada um de nós pode, sabe e deve dar (a si e aos outros).
E a esta maré de boas sensações espera-se que nem o desporto escape. Não esqueçamos: estamos a falar de uma atividade essencial no bem-estar das pessoas, na forma como as afeta e influencia quotidianamente. É por isso que estes são também tempos de consciencialização. Tempos que devem sugerir reflexão profunda a todos os que fazem parte dessa grande família. O desporto é um exemplo para muitos, sobretudo ao mais alto nível. Tem a obrigação adicional de abraçar essa responsabilidade e servir de referência aos muitos que o seguem religiosamente. Aos tantos que aplaudem, admiram e apoiam os seus protagonistas, os seus maiores representantes, competição após competição, jogo após jogo.
Por detrás de cada atleta, jogador, treinador ou até dirigente, há uma vasta multidão de entusiastas que vibra com as suas conquistas, com os seus sucessos e vitórias. É a mesma que os ampara, abraça e conforta quando as coisas correm menos bem. Quando as metas não são atingidas.
É por isso que o comportamento desses agentes desportivos - aliás, de todos os agentes desportivos, em geral - é fundamental. A sua conduta faz escola. A sua forma de ser e estar dentro e fora da competição, cria tendências que tantos querem imitar e replicar.
Por isso, fica o repto habitual: vamos tentar ser (ainda mais) educados em todos os momentos, mas sobretudo nos mais difíceis. Nos mais desafiantes.
Vamos ter (ainda mais) desportivismo, aceitando os resultados com elegância e mantendo o nível dentro e fora dos recintos desportivos.
Deixemos de fora quaisquer estratégias colaterais, quaisquer focos de conflito ou colisão. Deixemos para outras núpcias os desabafos mais irados, as reações explosivas, o palavreado exagerado. Não se esqueçam, vem aí o Natal.
Contrariem as emoções negativas que vos podem levar a dizer ou fazer o que não vos define. Tentem ter essa capacidade, essa inteligência emocional. Façam um esforço para controlar a impulsividade, mesmo quando a situação seja impossível de digerir. Transcendam-se. Supreendam-se na forma como lidam com a sensação de injustiça, com a adversidade e desilusão.
Procurem ser nas pistas, ringues, pavilhões e estádios a mesma pessoa que são em vossas casas, quando estão junto daqueles que mais amam. Tenham essa nobreza, esse discernimento.
O desporto cresce e valoriza-se através das palavras e atitudes dos seus principais atores. E como é Natal, tentem que essas sejam sempre as melhores possíveis.
Assumam esse compromisso convosco, como se fosse uma espécie de código de honra, uma obrigação moral. Se a uma boa atitude somarmos muitas outras, o efeito positivo será inevitável. Não duvidem.
Os mais pequenos, os que vos adoram, aqueles que um dia querem ser como vocês, irão assimilar tudo o que nas suas idades é importante apreender. E é importante que apreendam o que importa.
Tornemos as coisas fáceis, tornemos as competições emotivas, tornemos os jogos exemplares.
A verdadeira mudança está em cada um de vós, em cada um de nós.
Vamos começá-la antes que se faça tarde, até porque o Natal está à porta."

Zero: Afunda - S05E17 - O teste aos Cavs e a quase troca de Doncic para os Nuggets

terça-feira, 19 de novembro de 2024

Jogo Pelo Jogo - S02E15 - Fizemos as pazes com o Benfica?

Tailors - Final Cut - S03E29 - Rui Santos...

Zero: Ataque Rápido - S06E16 - Bruno Andrade: «Sempre tive um fascínio pelo campeonato português»

Em boa hora


"1. O facto, indesmentível, de o Benfica ter vencido por 4-1 o FC Porto depois de quase 60 anos sem ter conseguido 'dar' 4 ao seu rival da invicta não deslustra nem diminui o nome do Benfica, nem, muito menos, deslustra a exibição da nossa equipa de futebol na noite de 10 de Novembro na Luz. A vitória foi categórica e perentória.

2. Ao diagnóstico de 'reumatismo' que foi, na semana passada, endereçado a Di Maria pelo ex-árbitro-indiagnosticável a atual-comentador-indiagnosticável, Jorge Coroado, respondeu o jogador argentino com uma performance de alto nível e com 2 desses 4 golos aplicados na baliza da equipa que, em boa hora, nos calhou receber na 11.ª jornada do campeonato.

3. O tento de honra foi obtido pelo FC Porto no final da primeira parte do clássico sob um intenso nevoeiro cerrado, tipo Choupana. Sem querer desmerecer o autor do golo dos visitantes nem ignorar o lapso de comunicação entre Otamendi e Trubin, aquele tento teve a autoria moral de uns poucos idiotas historicamente impunes que lançaram tochas para o relvado interrompendo o jogo num momento em que o Benfica dominava e pressionava o adversário.

4. Mas esta gente é do Benfica? Não há ninguém que tenha mão nisto?

5. Vamos lá então à histórica das boas goleadas. O Benfica não dá 3 ao FC Porto há 14 anos (final da Taça da Liga), não dá 5 ao FC Porto há 88 anos (Campeonato Nacional), não dá 6 ao FC Porto há 52 anos (eliminatória da Taça de Portugal), não dá 7 ao FC Porto há 79 anos (Campeonato Nacional), não dá 8 ao FC Porto há 72 anos (festa e inauguração do Estádio das Antas) e não dá 12 ao FC Porto há 81 anos (Champions Nacional). E não dá 4 ao FC Porto há coisa de 5 dias.

6. Voltemos ao verbo dar, mas desta vez pela pena de Francisco J. Marques, ex-diretor de comunicação do FC Porto condenado em tribunal pelas suas tropelias, chamemos-lhe assim. O resultado de domingo permitiu-lhe colocar em público a seguinte questão: 'Sabem quantas vezes, enquanto presidente do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa sofreu 4 golos do Benfica?' Como? 'Quantos vezes' o seu patrono 'sofreu' 4 golos do Benfica? Mas o ex-presidente do FC Porto também foi guarda-redes do FC Porto para não sofrer golos do Glorioso? Coisas escritas muito à pressa, compreende-se dadas as circunstâncias.

7. Vem aí a pausa das seleções. No caso do Benfica abrange mesmo muitas seleções porque são 13 os jogadores que vão abandonar o Seixal para irem representar os seus países. Que voltem todos bem. Quando ao que interessa, o Benfica, só volta em 23 de Novembro para receber o Estrela da Amadora para a Taça de Portugal. Que saudades de vencer uma Taça de Portugal, vamos lá, Benfica!"

Leonor Pinhão, in O Benfica

Um nome a recordar


"Armando Murta juntou as suas duas paixões, e o seu nome ficou para sempre associado a ambas

A procura e o desejo pela eternidade existem desde sempre, havendo várias formas de os expressar. Há quem diga que nos mantemos eternos, mesmo após a nossa morte, desde que exista alguém que ainda se recorde de nós. Homero, na Ilíada, contava outra perspectiva. O Rei Peleu, na cerimónia de apresentação do seu filho, Aquiles, para acompanhar Agamémnon e Menelau na missão de resgatar Helena das mãos dos troianos, aconselhou-o a atingir façanhas inauditas por forma a que o seu nome se tornasse eterno.
Quando somos jovens, achamos que todas as proezas estão ao nosso alcance. Em 1 de Fevereiro de 1928, Armando Murta conseguiu um dos seus principais objetivos, ser admitido como sócio do Benfica. No Clube conheceu Jaime Santos, com quem partilhava duas paixões: o Benfica e o tiro desportivo, o que fez com que se tornassem amigos inesperáveis. Em 1934, como membros da Comissão Administrativa da Sede, situada na Avenida Gomes Pereira, enquanto vasculhavam uma arrecadação à procura de objetos para a preparação de uma festa, encontraram duas espingardas antigas. Armando Murta teve de imediato uma ideia que iria resultar na junção de duas das suas paixões!
'Lembro imediatamente a Jaime Santos que aquelas velhas armas poderiam ser o começo de mais uma secção do Benfica. De facto, daí em diante, não havia noite em que não houvesse animado tiroteio nas dependências da sede'. O entusiasmo dos sócios foi suficiente para que a Direção encarnada criasse a secção de tiro. 'Um mês depois, ainda com armas quase pré-históricas', inscreveu uma equipa numa prova organizada pelo Grupo Columbófilo da Amadora'. Armando Murta extasiado.
Contudo, o destino prega partidas quando menos se espera. Em Agosto desse ano de 1934, quando seguia na sua motocicleta para ir ao encontro dos ciclistas do Benfica que participavam na prova Porto-Lisboa, sofreu um acidente de viação. 'O seu desaparecimento mergulhou na maior consternação os habituais frequentadores da Sede, todos seus dedicados amigos'. No seu seguinte, a secção de tiro prestou-lhe uma digna homenagem ao instituir um troféu com o seu nome a Taça Armando Murta.
Disputada entre Abril e Maio, Jaime Santos esteve muito próximo de a ganhar, vendo a vitória escapar-lhe por apenas um ponto. Alguns anos depois, o atirador continuava inconformado, confidenciando: 'O maior desgosto da minha vida desportiva foi não ter vencido a primeira edição da prova'. Ainda assim, não precisou de a vencer para eternizar o nome Armando Murta, que se manteve vivo na sua memória e na história da modalidade. A façanha estava já alcançadas!
Saiba mais sobre o tiro no Clube na área 3 - Orgulho Eclético, do Museu Benfica - Cosme Damião."

António Pinto, in O Benfica

O futebol é uma selva


"Não vi o clássico dos 4-1 em direto. Por motivos profissionais, encontravam-me em Manaus, no Brasil, quando decorreu a lição de futebol dada pelos jogadores do SL Benfica à equipa orientada por Vítor Bruno. Fui seguindo o que se passava através  da Internet e do ar estarrecido de três adeptos portistas com quem me encontrava no Brasil. Desde cedo percebi que os ventos nos eram favoráveis, até sentir o primeiro (e único) motivo de alegria dos nossos adversários. 'Atiraram umas tochas para o relvado, e marcámos logo a seguir', disse-me a sorrir um dos meus companheiros de viagem. Pensei que ele estava a brincar. Então, a nossa equipa marca ao rival, está por cima do jogo, e vai de atirar artefatos pirotécnicos para o relvado sagrado e, assim, fazer com que o jogo seja interrompido? Não pode ser.
Ninguém é assim tão pouco inteligente. Mas era verdade. Além do mau comportamentos e das multas pecuniárias, lá teremos de lidar (novamente) com a possibilidade de interdição da Catedral. Por causa de alguns, os poucos vão pagar os outros, os muitos. Consigo entender perfeitamente a paixão clubística, as coreografias de apoio, a maior parte dos cânticos, os adereços o esforço despendido em bilhetes e viagens, a entrega, a criatividade e a irreverência típica dos grupos de apoio, mas não compreendo esta demonstração de sei que não estou sozinho nisto, a ver e a ouvir pelo coro de assobios com que foram brincados os artistas das tochas. Provavelmente conseguiram aquilo que desejavam: ser falados. Mas, mais uma vez, pelas piores razões."

Ricardo Santos, in O Benfica

Benfica 4 - 1 FC Porto? Rumo ao 39!


"O Benfica deu 4 ao Atlético de Madrid, e, logo a seguir, houve uma paragem por causa dos jogos das seleções. O Benfica deu 4 ao FC Porto, e, logo a seguir, lá veio mais uma paragem pelo mesmo motivo. Com isto, eu não se fico irritado com estes compromissos internacionais, porque aparecem sempre em contextos inoportunos tendo em conta o bom momento do Benfica, ou se fico irritado com estes compromissos internacionais, porque deviam aparecer de 15 em 15 dias, tendo em conta que, assim, o Glorioso aviava os adversários com 4 batatas todos os jogos. Desta forma, não teríamos de esperar mais 60 anos para ver o Benfica a golear o FC Porto com mais de 3 golos.
A equipa de Bruno Lage não era a pior do mundo depois do jogo com o Bayern, nem é a melhor do mundo depois do jogo com o FC Porto, mas o Di Maria continua a ser um dos melhores do mundo antes e depois de ambos os jogos. As pernas do nosso Fideo até podem ter 36 anos, no entanto, aquele pé esquerdo continua com uns 18. Se diziam que ainda não tinha marcado aos dragões quando regressou há um ano, antes da Supertaça, de lá para cá já o fez por quatro vezes. Dependendo do monumento, Di Maria até pode não ser um jogador para o jogo todo, mas é sem dúvida um jogador para qualquer jogo. Só faz sentido prescindir desta magia refinada se houver outro tipo de magia superior à disposição, contudo não me parece que a tenhamos no nosso plantel, e são muito poucos os plantéis espalhados pelo mundo onde essa fantasia distinta pode ser encontrada.
Nunca tinha visto o Benfica a marcar 4 golos ao FC Porto. O meu pai também não. O entusiasmo é inquestionável, mas apenas porque a conquista do 39 ainda é uma questão. Continuamos a depender apenas de nós para sermos campeões, e esse é o verdadeiro entusiasmo. È por isso que somos do Benfica - por amor ao Benfica."

Pedro Soares, in O Benfica

Banho de bola


"Não tenho memória de triunfo tão expressivo do Benfica sobre o FC Porto.
Há 40 anos que não marcávamos 4 golos ao rival nortenho em jogos do campeonato, há mais de 20 que não vencíamos por 3 de diferença, e é preciso dizer que, no clássico de domingo, os números ficaram aquém da imensa demonstração de superioridade que se viu em campo ao longo dos 90 minutos.
Ao contrário do que afirmou o treinador portista no fim do encontro, a primeira parte só foi equilibrada no marcador: o Benfica podia ter ido para intervalo com uma vantagem tranquila, o que não sucedeu devido a um erro do árbitro, a uma escorregadela de Otamendi, e a alguma infelicidade no momento da finalização.
Na segunda parte faz-se justiça, e os números foram crescendo com naturalidade. Acabou nos 4. Podiam ter sido 5 ou mesmo 6.
Já neste temporada vimos o Benfica atropelar o Atlético de Madrid, com outra exibição de luxo, a outra goleada histórica. O clássico teve, aliás, muitas semelhanças com essa noite, e tal não é coincidência.
Esta foi uma vitória importante (até pela magnitude que assumiu), mas valeu apenas 3 pontos. O Sporting tem vencido todos os jogos,  e o FC Porto só não ganhou em Alvalade e na Luz. O campeonato está muito desequilibrada (a metade de baixo da tabela tem equipas a mais e futebol a menos) e os pontos que perdemos em Famalicão e Moreira de Cónegos (ainda sem Bruno Lage) estão a ter um peso maior na classificação do que na altura de supunha. O Benfica demonstrou nesta jornada que é bastante superior a esta FC Porto. Terá de demonstrar que também o pode ser face ao melhor Sporting das últimas décadas. E sobretudo há que manter a consistência exibicional, pois, com 5 pontos perdidos nas primeiras jornadas e um jogo por disputar, a margem de erro continua a ser nula."

Luís Fialho, in O Benfica

Para ti...


"Se não faltares, claro! O nome do projeto diz tudo numa comunicação clara e direta com cada jovem. Já vão 15 anos, 6 milhares de jovens em contratos de 3 anos letivos perfazendo 18 mil vagas em escolas de vários pontos do país do 4.º ao 9.º ano.
A receita é simples:
Encontram-se escolas que precisam e querem projetos socio-educativos para atrair os jovens menos motivados e iniciar com eles caminhos de integração e sucesso educativo. Envolve-se a comunidade educativa, professores, auxiliares, famílias e instituições locais com as autarquias e organizações sociais 
á cabeça. Partilha-se a visão e estabelecem-se parcerias com todos a remar para o mesmo lado e a criar investimento conjunto e sinergias com a Fundação Benfica.
Depois selecionaram-se os jovens que querem aderir, pelo seu potencial e por talentos muitas vezes mal aproveitados ou desperdiçados pelos próprios. A esta maioria junta-se uma minoria de jovem-modelo de idêntico potencial que nas mesmas circunstâncias socioeconómicas conseguiram por si próprios motivar-se a alcançar o sucesso educativo. Faz-se de todos eles uma grande equipa, um coletivo com um grande objetivo comum, e junta-se uma equipa técnica de proximidade a trabalhar todo o ano na escola com todos a cada um, incluindo as famílias. Exige-se a assiduidade e o comportamento, promove-se o trabalho e o resultado escolar. Traçam-se em conjunto pequenos e grandes objetivos intermédios e de final do ano, junta-se Benfica e futsal e mais uns ingredientes estudados cada caso. Mantém-se o lume acesso todo o ano, e premeiam-se os pequenos e os grandes resultados, a vontade e a atitude, o esforço e os resultados. Repete-se 3 anos a fio com cada jovem, e no final olha-se de boca jovem, e no final olha-se de boca aberta para tudo o que conseguem alcançar, com exemplos de superação inimagináveis e níveis de sucesso acima de 95%! A gosto, junta-se orgulho em fazer parte desta chama imensa que invade tudo, da baliza adversária às coisas mais importantes da vida!"

Jorge Miranda, in O Benfica

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"4
O Benfica não marcava 4 golos ao FC Porto desde 31/3/1975 (vitória por 5-1, num particular disputado em Paris). Em competições oficiais, a última vez que havia conseguido 4 ou mais golos numa partida acontecera em 20/4/1972 (6-0, na Luz, nas meias-finais da Taça de Portugal). No Campeonato Nacional, ocorrera em 13/12/1964 (4-0 na Luz);

12
Di Maria passou a ser, a par de Seferovic, o 12.º estrangeiro com mais jogos oficiais de águia ao peito (188). É o 69.º neste ranking;

13
Otamendi tornou-se no 13.º com mais tempo de utilização pelo Benfica em competições oficiais neste Estádio da Luz (8950 minutos, incluindo tempos adicionais). Está a 40 minutos do 12.º Nuno Gomes;
Aursnes chegou às 13 assistências para golo em jogos oficiais no Estádio da Luz, passando a integrar o top 20 neste ranking liderado por Gaitán, que fez 56;
E passou a ser o 18.º, nas últimas 20 épocas (desde 2005/06), com mais assistências em jogos oficiais (21);

15
Com os 2 golos apontados ao FC Porto, Di Maria é agora, com Saviola, o 15.º melhor marcador do Benfica em jogos oficiais no atual Estádio da Luz (22). É o 7.º em assistência (23), o 13.º em jogos oficiais (95) e o 18.º em tempo de utilização (6910 minutos, incluindo tempos adicionais);

30
Florentino alcançou o top 30 dos futebolistas do Benfica com mais jogos oficiais neste Estádio da Luz (66), a par de David Luiz e Léo. Está a 2 jogos de igualar o futebolista formado no Benfica Campus com mais partidas, Rúben Dias. No atual plantel segue-se António Silva, com 49;

63342
Na partida com o FC Porto, o Estádio da Luz registou a maior assistências da temporada. Nos 6 jogos do campeonato, a média situa-se nos 59971,5."

João Tomaz, in O Benfica

Chuveirinho #103

TNT: Melhor Futebol do Mundo...

ESPN: Futebol no Mundo #399 - Punição ao Lyon, explicações de John Textor e possíveis desdobramentos

Falsos Lentos - S05E12

Encomenda...

Meninos especiais!

Um verdadeiro: "não castigo!"

Injustiça!

A outra Liga dos Campeões


"Entre as épocas de 2013/2014 e 2018/2019, o Benfica juntou a liderança desportiva no futebol nacional, a uma aceitável performance económica. Venceu cinco Ligas e obteve um 2º lugar, domínio que coincidiu com resultados económicos sempre positivos, acumulando nesse período 131M de euros de lucro.
Em 2020/2021 deu-se uma queda abrupta, um 3º lugar na Liga, a nove pontos do vencedor e, no exercício económico, prejuízos avultados de 34M de euros. A gestão do clube não foi capaz de reduzir os custos operacionais, de molde a enfrentar a quebra de rendimentos, causada pela pandemia.
Entre 2021/2022 e 2023/2024, com a atual Direção, o desempenho do futebol foi insuficiente (apenas uma Liga em três épocas) e, na óptica dos resultados económicos, acumularam-se 71M de euros de prejuízos, dos quais 31M em 2023/2024.
No universo empresarial, a função de dirigente desportivo é talvez a única em que é possível acumular-se prejuízos sucessivos e passar-se razoavelmente despercebido.
Na época em curso, após o arranque medíocre que levou, finalmente, à saída de Schmidt, Bruno Lage, com muito mérito, recuperou a equipa oferecendo a perspetiva de ainda se alcançar o triunfo na Liga.
Contudo, o Benfica necessita não apenas de dominar as competições nacionais, mas também de ser competitivo na Liga dos Campeões. Neste plano, Bruno Lage foi amplamente criticado, sobretudo após a derrota na Alemanha, frente ao Bayern de Munique. Não tenho a fineza de análise de outros benfiquistas, igualmente não ligados profissionalmente à área do futebol, que depois dos acontecimentos, têm a perspicácia de identificar as táticas e planos de jogo alternativos e a distinta composição do onze titular, que o treinador, que decidiu a priori das ocorrências, supostamente deveria ter utilizado.
Mas a meditação sobre a fraqueza histórica do treinador profissional de futebol faz parte da riqueza intelectual destes comentários, que se repetem ao longo do tempo, contemplando sucessivos treinadores.
Na Liga dos Campeões, sem retirar valor aos enérgicos comentários críticos transversais ao "futebolês", para se ser competitivo, de uma forma constante, não parece suficiente focar-se na equipa de campo ou na figura do treinador. A competitividade tem de ser gerada a partir das Direções dos clubes.
Nas últimas cinco edições, das 20 vagas de semifinalistas, apenas duas (10%) foram ocupadas por equipas "atípicas". Os recursos financeiros não asseguram o êxito supremo (exemplo do PSG, com três meias-finais nesse período, mas sem nenhuma vitória), mas o sucesso constante não se se assegura sem recursos financeiros. Num jogo avulso, como na excelente vitória do Benfica frente ao poderoso Atlético de Madrid, tudo é possível. No conjunto dos jogos, cinco anos das últimas edições, dizem-nos que em 90% dos casos, quem tem músculo financeiro é quem alcança o top-4 da Europa.
Esta é a outra Liga dos Campeões, que não se joga no campo, mas sim na qualidade e eficiência da gestão dos dirigentes. Nessa Liga, o Bayern de Munique alcançou em 2023, 419M de euros de receitas das atividades comerciais, dos quais 264M de patrocínios. O Barcelona, outro rival na Champions atual, obteve em 2023/24, 370M de dólares apenas em patrocínios. Recentemente, fechou um contrato de Naming do seu estádio por 70M anuais (Spotify). Há quantos anos está o Benfica à procura de uma parceria deste tipo? Há apenas uns dias Joan Laporta, Presidente do Barça, fechou um contrato com a Nike de 127M de euros anuais e um bónus de assinatura de 158M. O valor total do contrato de longa duração é de 1700M de euros.
Segundo o Relatório e Contas, o futebol do Benfica encaixou em 2023/2024, 22M de euros de patrocínios, 12 vezes menos que o Bayern de Munique e cerca de 15 vezes menos que o Barça. Estas diferenças abismais, não podem ser apenas explicadas pela habitual remissão para a escassa dimensão nacional. Espanha tem uma economia de cerca de 35% da economia alemã. Contudo, tanto o Real Madrid (+13%), como o Barcelona (+69%) superaram o Bayern no total dos seus rendimentos operacionais em 2022/2023. O fator critico decisivo, pois, tem que ver com a eficiência da gestão empresarial dos clubes.
Após a recente grande vitória sobre o FCP, os dirigentes do Benfica, simpaticamente, anunciaram que, jogando a equipa sempre com o mesmo empenho, será possível ganhar todos os jogos no futuro.
Porém, talvez mais importante que dissertar sobre metas irrealistas, seja fazer um avanço significativo e constante na recuperação do diferencial de receitas, sobre as quais assenta hoje a dominância dos nossos rivais atuais, Bayern, Barça e Juventus, e de outros colossos europeus. Basta consultar o Relatório e Contas do Barcelona 2022/2023 para encontrar uma vasta panóplia de atividades geradoras de receitas, incluindo inovadoras iniciativas no digital.
Isso amenizaria a tentação mercantilista em que assenta o atual modelo de negócio do Benfica: a venda anual do melhor jogador da época. Um ano, Ramos, depois Neves, amanhã Tomás Araújo. Com o correspondente empobrecimento desportivo do plantel e a instabilidade da equipa-base.
Não é pois apenas, nem principalmente, Bruno Lage, que deve estar em avaliação na Liga de Campeões.
Esta Champions oculta, distante da atenção mediática, determinará, no horizonte dos próximos anos, o sucesso da Champions desportiva. Nesta outra Liga de Campeões, que se disputa no terreno da competência da atuação empresarial, estamos hoje em situação precária, longe da norma de efetividade do topo europeu, como se viu nos indicadores acima. Cada função tem a sua Liga dos Campeões para enfrentar e, no final, todos, treinador e dirigentes, cada um no momento apropriado, deverão ser avaliados pelos resultados que alcançaram e pelo legado que deixaram."