"O golo decisivo só não foi dele porque havia ainda espaço para mais nesse tempo de compensação, todavia até o merecia. João Neves foi o único que entendeu, do primeiro ao último minuto, a dimensão do encontro que se jogava na Luz.
Não só por ser um dérbi, mas por se tratar de um dérbi ainda mais dramático após o golo de um Gyokeres impositivo, que colocara as águias a seis pontos virtuais de distância. Tomou boas e algumas más decisões, porém mesmo naquelas que não lhe saíram tão bem reagiu de imediato e correu atrás para corrigi-las. Foi essa personalidade que faltou a muitos dos companheiros e que o levou a estar no momento certo para o remate que empatou a partida.
É curioso que seja o miúdo o exemplo, mas até a emoção que o assaltou após o empate prova que a forma como vive os jogos e o clube que representa o torna ainda mais especial.
Não se enganem os benfiquistas. O que aconteceu no final da partida da Luz vai para lá de todas as táticas e da fiabilidade dos respetivos modelos.
O Sporting foi superior durante mais tempo enquanto teve 11 e, mesmo depois da abordagem completamente despropositada de Gonçalo Inácio, que lhe valeu o segundo amarelo, pareceu ter o adversário sob controlo. Foi com Trubin na área leonina, em jeito de último ato de desespero, que os encarnados empataram, e o golo da vitória serviu como uma espécie de punch line da Lei de Murphy: ainda podia correr pior do que estava a correr a Rúben Amorim.
A ideia que fica é que o Benfica, apesar de ter ganho e chegado à liderança (em igualdade pontual), a solidez ainda deixa a desejar, seja em que sistema for. É de elogiar o inconformismo de Schmidt na procura da melhor solução, no entanto há muito trabalho pela frente. Percebe-se, assim, a sensação de injustiça que leva para casa o técnico do Sporting."
Sem comentários:
Enviar um comentário
A opinião de um glorioso indefectível é sempre muito bem vinda.
Junte a sua voz à nossa. Pelo Benfica! Sempre!