"Apesar de importantes baixas no plantel para esta temporada - Cloé Lacasse e Ana Vitória eram, porventura, as nossas melhores jogadoras das épocas anteriores -, a equipa feminina do Benfica continua a dar cartas.
Escrevo antes da partida europeia diante do Rosengard. Mas a vitória em Braga, tão sofrida quanto merecida, não deixou grandes dúvidas sobre quem são as melhores e mais fortes candidatas ao título nacional.
No velhinho Estádio 1.º de Maio, a superioridade exibida pelo conjunto de Filipa Patão foi total, e só a enorme exibição da guarda-redes contrária (por sinal, a titular da seleção nacional portuguesa) evitou que os números fossem outros, mantendo o resultado em aberto até ao fim.
Temos agora 5 pontos de vantagem sobre o SC Braga e Sporting, e no domingo há dérbi lisboeta. Uma vitória diante das leoas constituirá um importantíssimo passo rumo ao objetivo final. Numa competição onde há um fosso considerável a separar o trio da frente dos restantes emblemas, o confronto directo pode vir a ser determinante. Há que ganhar e cavar desde já uma margem de segurança à prova de qualquer percalço.
Que o futebol feminino está em grande expansão, não é novidade para ninguém. Após o jogo de Braga, um novo canal de televisão mostrava-nos um Man. United - Man. City, com Old Trafford praticamente cheio. Essa ainda não é a realidade portuguesa, mas o Benfica tem feito o que lhe compete para que o caminho seja percorrido.
O que se estranha é o silêncio da FPF, e também da comunicação social, face à inexistência do FC Porto neste domínio - que é já, diga-se, uma peculiaridade no contexto europeu.
Com prejuízos de milhões e prémios chorudos para os administradores, o dinheiro não dará para tudo. Fosse o Benfica, e a pressão exterior seria insuportável. Mas, enfim, trata-se apenas do FC Porto."
Luís Fialho, in O Benfica
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