"Os sorteios dos campeonatos são como as sondagens na política: valem o que valem. Enquanto nas provas europeias, ou nas taças, podemos desejar o adversário A, B ou C, e temer o X, Y ou Z, no campeonato sabemos que temos de jogar contra todos, em casa e fora. O sorteio define apenas a ordem das partidas, e só à lupa vislumbramos situações eventualmente favoráveis ou desfavoráveis.
Perante o contexto gerado nos últimos anos - para não dizer nas últimas décadas - há, porém, uma data desde já a fixar. Na 7.ª jornada, a 30 de Setembro, recebemos o FC Porto na Luz.
É lugar-comum dizer-se que os campeonatos se ganham ou perdem contra as equipas pequenas. Falso. Ganham-se ou perdem-se em todos os jogos, sendo que há jogos, digamos, mais iguais do que outros - justamente aqueles em que, além de conquistar os pontos, também os retiramos aos rivais directos.
Não tivéssemos ganho no Dragão e, ceteris paribus como dizem os economistas, não teríamos sido campeões. Andado para trás no tempo, não faltam casos de campeonatos definidos num jogo (o chamado 'jogo do título') entre candidatos.
Infelizmente, quando se trata de Benficas - FC Portos na Luz, as recordações não são boas.
Nos últimos 22 anos só vencemos o FC Porto em casa, para o campeonato, 4 vezes. Perdemos 10. Ora isto é absolutamente inaceitável, e tem de ser urgentemente revertido.
Muitas vezes fomos espoliados, e há razões tácticas e fisico-atléticas que, aos olhos do adepto de bancada, podem explicar alguns desaires. Mas há também um factor mental associado, que se vai acentuando com o tempo, ao qual é preciso pôr fim.
Dia 30 de Setembro temos de ganhar. Nem que para isso se decore o balneário, não com fotos dos triunfos do Benfica, mas com as das sucessivas humilhações que sofremos na nossa casa, e que não mais se podem repetir."
Luís Fialho, in O Benfica
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