Últimas indefectivações

domingo, 19 de maio de 2019

O lodo no cais...

"Um bom filme que possa dar as melhores metáforas à vida (e ao futebol). Há Lodo do Cais é um desses casos mais do que só por causa do Terry - o Terry Malloy,que andara pelo boxe e estando quase a tocar o «altar do êxito» ficara destino destroçado por combate que teve de perder em jogo d apostas sujas. Tornou-se, então,  «moço de recados» de Johnny Friendly, cabecilha de sindicato que, malfeitor, controlava acções e bastidores em torno do porto de Nova Iorque, enganava, extorquía, manipulava (ou pior...) - por vezes de conluio com Charley, irmão de Terry.
Reacção de Joey Doyle, às inquidades de Freindly condenou-o à morte com contributo (involuntário) de Terry. Que ao apanhar de um dos alarifes, em sarcasmo: «Alguém cai do telhado...) - soltou, chocado, o murmúrio, a Charley. «Colaborei nisso, pensando que só iam  apertar com ele». Avisado de que jamais se atrevesse «lavar a roupa suja do sindicato». Terry resignou-se a que «as coisas tiveram de ser mesmo assim» (resolvidas a «golpe baixo») - e pôs-se, esfarrapado por dentro, a criar pombos no terraço da sua casa (que era o que Joey fazia antes de o multarem?. Acostada a um padre. Edie, irmão de Joey, atirou-se à missão de denunciar  «sangrento ajuste de contas» - e, suplicando a Teddy que o ajudasse no seu desvendar, ainda ouviu dele: «Nesta cidade há muitos falcões. Posicionam-se no cimo dos hotéis e quando veem pomba no parque logo se lançam a ela...»
Friendly, continuou a espalhar a sua perversidade pelo cais (intimidando, saneamento, falseando) - e Terry, perdendo o medo, fez, enfim, o que a sua boa consciência lhe pedira (não a sua boa consciência lhe pedira (não sem antes de matarem os pombos e deixarem pelo chão, sem sangue, amachucados).

PS: Qualquer semelhança entre o Lodo Cais em NY e logo do caís no futebol em Portugal (no que se continua a jogar mais de fora para dentro do que campo em Portugal (no que se continua a jogar mais de fora para dentro do campo do que dentro de campo) não é pura ficção. E entre os imitantes do Frendly (no que se diz, se faz ou não se vê ainda menos.

António Simões, Jornal A Bola

1 comentário:

  1. António Simões, já que és Jornalista e escreveste este artigo a pôr o "dedo na ferida" , de que estás á espera para começar um verdadeiro trabalho de Investigação Jornalística , visando pôr a nu , DE UMA VEZ POR TODAS , os nomes dos batoteiros e a descrição de todas as situações que contribuiram e contribuem para esse tal... "Lodo no Cais"??? Será muito mais do agrado dos leitores, daqueles que há muito anseiam pela aplicação da Justiça Desportiva em Portugal. Já chateia ler sempre os mesmos textos, as mesmas suposições, dando lições vãs e improdutivas, fazendo crer que sabes muito...mas, como outros igual a ti,( quase todos os jornalistas da nossa Praça…) NUNCA provas nada . Não é assim ??? Não te interessa seres diferente ?...Simplesmente Profissional ?

    ResponderEliminar

A opinião de um glorioso indefectível é sempre muito bem vinda.
Junte a sua voz à nossa. Pelo Benfica! Sempre!