"Não pensem os benfiquistas que as manobras circenses em curso visam apenas distrair as massas adeptas rivais dos inêxitos e das frustrações em que estão mergulhadas. Os últimos anos foram excelentes para nós, mas esta overdose de êxito encarnado provocou proporcional depressão, ira e frustração nos adversários. Ora adversários deprimidos, irados e frustrados podem não ser adversários lógicos, mas serão sempre adversários perigosos. Podem não ter treinador mas têm microfone, podem não ter jogadores mas têm imprensa, podem até não ter fio de jogo, mas vão sempre ter jogadas. Temos que ter nível, ter calma, mas sobretudo ter uma competência transcendente no campo.
A nossa superioridade tem que ser esmagadora dentro das quatro linhas para vencermos. A história já provou que só em campo os poderemos vencer. Esta época, dos vinte pontos que perdemos no campeonato, 11 foram com erros directos de arbitragem em nosso prejuízo (Setúbal nos dois jogos, Boavista em casa, Sporting em Alvalade, etc, etc). Sem erros teríamos ganho com mais de 15 pontos de vantagem, e não nos queixamos. Temos que ser muito fortes, que mostrar união, competência e a lucidez de não responder sempre que alguém sai do manicómio aos berros.
Vender bem e pouco, comprar com inegável qualidade, e apresentar uma equipa para responder em campo ao ruído é a melhor profilaxia. Temos que fazer uma grande equipa, daquelas que nos dá orgulho e prazer em ver jogar. Essa é a melhor resposta, a única resposta ao nível do Sport Lisboa e Benfica, e assim continuar a gritar pelos nossos estádios: «E para o ano há mais!» A grande resposta terá que ser, uma equipa enorme!
E logo pelas 19h também há basquetebol na Luz!"
Sílvio Cervan, in A Bola
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