"Finalmente uma jornada sem gritantes casos de arbitragem, reais ou potenciados artificialmente! Já era tempo de dar primazia aos jogadores nas suas virtuosidades e, claro está, nos seus erros que, regra geral, são sempre amnistiados face à arbitrite crónica que entre nós se instalou.
Depois deste intróito, escrevo sobre dois jogadores fundamentais do Benfica: Eduardo Salvio e Nico Gaitán. Dois argentinos que têm feito muita falta ao Benfica e ao campeonato português, ainda que Rui Vitória tenha, ao fim de algum tempo, encontrado a excelente alternativa no portuguesíssimo Pizzi e do marroquino-belga Carcela.
Salvio é daqueles jogadores que me faz gostar do futebol. Virtuoso, jogando na vertical, não receando o risco da finta, oportuno, lutador sem tréguas, jogando à boa moda antiga e, ao que parece, bom rapaz, sem aquelas manias contagiosas de vedeta.
Gaitán é um príncipe do futebol. Consegue, como muito poucos são capazes de o fazer, a perfeita simbiose entre o virtuosismo artístico e o uso da inteligência sobre a relva, com ou sem bola. Às vezes, aparenta ser tímido no campo, como julgo seja fora do ofício. A bola por ele acariciada deve sentir o afecto de um tratamento tão elegante, quanto prodigioso.
Eis, pois, os dois grandes reforços do Benfica para almejar o tricampeonato, sem esquecer, obviamente a importância do grande capitão Luisão.
Aproximam-se 3 jogos decisivos, depois de, nas últimas 11 jornadas, ter obtido 11 vitórias: Moreirense e Belenenses, nos seus estádios e Porto na Luz. Se o Benfica deles sair incólume, estão robustecidas as probabilidades de voltar a ser campeão. Tri."
Bagão Félix, in A Bola
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