Todos os anos, a história repete-se. O título ainda pode estar por decidir, os jogadores-chave não sabem ainda se continuam ou se seguem viagem atrás dos euros ou dos petrodólares, mas já os jornais fazem capas com o "interesse de" ou as "saídas mais que certas" e todas aquelas banalidades a que já nos habituámos. E assim será enquanto o SL Benfica for aquilo que é desde sempre - o maior Clube de Portugal, o que tem mais adeptos, o que gera mais receitas, o que vende mais jornais.
Estamos no fim de junho, falta mais de um mês para a primeira competição oficial e poucos dias para os treinos da nova época se iniciarem. E até agora o que é que já perdemos em termos de capital humano?
Pouco, muito pouco.
O treinador é um homem da casa, há jogadores emprestados que vão ter novas oportunidades, há esperanças da equipa B que são cada vez mais certezas, há valores seguros que continuam no SL Benfica, há estrelas da companhia que podem ou não sair, mas há soluções à vista para o caso de ser necessário. Esta é a realidade, depois há a utopia, há a tentativa de inflacionar salários, o desejo de criar casos e instabilidade.
Não vale a pena perder muito tempo a imaginar quem pode ganhar com isto, é fácil, está na cara há muitos anos. Ganham os rivais e seus dirigentes, os olheiros, os empresários, os vendedores de jornais, a turba de comentadores anti-benfiquistas. Sim, vão sair jogadores, é sempre assim nas grandes equipas. Uma coisa é certa: quem ficar, quem regressar e quem vier de novo vai jogar com uma camisola onde não falta o escudo de campeão (bicampeão), um patrocínio poderoso e mais de cem anos de glória. Ou como diz José Mourinho em inglês: os cães ladram e a caravana passa.
Ricardo Santos, in jornal 'O Benfica'
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