À medida que a poeira assenta, a nação Benfiquista vai-se congregando em torno do novo treinador.
Qualquer mudança traz sempre alguma ansiedade associada. Sobretudo quando parte de uma base de sucesso. Diz-se que as grandes reformas devem fazer-se na quietude do triunfo, e não no tumulto do fracasso. O certo é que a volatilidade dos tempos modernos não permite dormir sobre êxitos findos. Ela obriga a reinventar para manter o rumo. O passado respeita-se, e evoca-se, mas é o futuro que deve orientar a acção. O futuro do Futebol encarnado chama-se agora Rui Vitória.
O técnico ribatejano chega ao nosso Clube bastante mais jovem, e traz na bagagem um currículo bastante mais composto, que o do anterior treinador em 2009. Vem com a ambição e a energia de quem quer conquistar o Mundo. Traz, ainda, um suplemento de alma importante numa actividade que vive de paixões: é Benfiquista. É um dos nossos! A humildade com que afirma que irá manter o que está bem, abona em seu favor. O discurso afirmativo, confiante e clarividente também. É um homem do Futebol, mas não é um homem apenas do futebol. Acredito que, mais do que para transformar, ele vem para acrescentar.
Em Agosto, quando as competições oficiais se iniciarem, todos seremos um só. O novo treinador, um renovado plantel (certamente competitivo, e com a mesma sede de ganhar), e os mesmos adeptos de sempre - aqueles que fazem do Benfica o gigante que é, e que, com diferentes treinadores, com diferentes jogadores, vão festejando campeonatos sucessivamente. Já vamos em 34. O próximo é o 35.º. E este será com Rui Vitória sentado no banco.
Luís Fialho, in jornal 'O Benfica'
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