"Ressurreição do futebol benfiquista - 2 títulos consecutivos, 3 nos 6 anos da era Jorge Jesus - significa forte travagem à vincadíssima hegemonia do FC Porto ao longo de três décadas. Nem menos nem mais.
Primeiro pilar: Luís Filipe Vieira. Na sequência da coragem, roçando 'heroísmo', de Manuel Vilarinho para enfrentar hecatombe Vale e Azevedo e pôr-lhe fim - e da lucidez que Vilarinho também exibiu no tempo e no modo de passar testemunho -, Luís Filipe Vieira e a equipa de dirigentes que foi moldando sem esquecer profissionalismo reergueram o Benfica dos escombros de tremenda catástrofe. Hoje, o Benfica vence no futebol e em várias modalidades. Gigantesca diferença!
Vieira soube ir aprendendo com os seus erros no futebol. Fortes exemplos: desmedido, precipitadíssimo, entusiasmo face ao título com Trapattoni ao leme (na época em que o FC Porto tombou no suicídio de ter 4 treinadores...); e cedência a altas pressões, despedindo Fernando Santos à 1.ª jornada! Pés no chão, Camacho e Quique Flores para trás, Vieira acertou em cheio quando decidiu sozinho, ou quase...: Jorge Jesus. Deu-lhe superiores meios, teve enorme retorno. Mau grado 'descalçá-lo' com súbitas vendas no início de campeonato (Javi García-Witsel), ou a meio dele (David Luiz, Matic, Enzo Pérez). Fundamental: foi Vieira, sozinho contra ventos e marés, quem, há 2 anos, manteve Jorge Jesus ao leme...
O futebol do Benfica não estaria onde está sem Jorge Jesus. Sobretudo nesta época, após perder 8 campeões!... Síntese da dupla Vieira-Jesus: 3 títulos e outros 3 discutidos taco a taco = firme consistência competitiva. Há 30 anos que isso não existia no Benfica...
Falta ver se a dupla do sucesso irá, ou não, romper-se."
Santos Neves, in A Bola
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