"O clássico de domingo foi um jogo de tensão, mas sem intenção. De emoções, mas sem ocasiões. De temores, mas sem tremores. De tácticas, mas com matemáticas. Um clássico sem classe. Com luz ao fim do túnel, mas sem túneis. Irrepreensivelmente precedido de (bons) silêncios dos dirigentes dos dois clubes e sem remoques sobre o árbitro. Para o Benfica, fica um resultado razoável (0,5-0), ainda que se pudesse esperar mais. Para o Porto, um resultado medíocre face ao que lhe seria necessário. O jogo em Barcelos será agora o decisivo.
Mas, perante um jogo de xadrez sem xeque-mate, eis que, no fim, o técnico do Porto estava exaltadíssimo. Já sabemos que não sabe perder. A culpa é sempre dos árbitros, a sua equipa joga sempre melhor, os jornalistas querem que o FCP perca, ou, agora em versão geométrica, 'não acertámos na baliza'. Desta vez, porém, a querela foi onomástica! É que depois de, no início do jogo, ter abraçado Jesus em jeito de união ibérica, no fim berrou-lhe aos ouvidos para não se voltar a enganar ao pronunciar o seu tão comum apelido: LO-PE-TE-GUI.
Jorge Jesus deve ter ficado preocupado. Não no momento, porque a situação foi controlada, mas com alguns jogadores nesta fase crucial. Fejsa, por exemplo que, por vezes, é o Fesja. Ou Ola John promovido a Ola Jonas. E os Manéis que reacção poderão ter? Nada de gritar aos ouvidos do treinador, ok?
O tão exigente Julen Lopetegui Argote, do seu nome completo, também já poderia arranhar melhoro português. Mas como o Real Madrid o espera ansiosamente...
Saliento, pela positiva, o abraço de são desportivismo de Júlio César e Helton, grandes profissionais."
Bagão Félix, in A Bola
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