"No ano passado, o Benfica conseguiu manter o essencial do plantel do ano anterior e com base na rodagem adquirida criar uma equipa vencedora, que ganhou tudo o que um ano antes não tinha ganho. Esta época, e como observou o próprio treinador do Benfica, «saíram mais jogadores do que o normal». Vi os novos jogadores do plantel, nos jogos da Taça de Honra, e fiquei com a convicção do que Jorge Jesus tem muito trabalho entre as mãos. A questão é que as saídas do plantel - até agora - não foram só em quantidade mas também em qualidade. Somos um pequeno País em crise permanente e nem a grandeza do Benfica pode resistir aos assaltos dos tubarões da alta finança futebolística.
O trabalho a fazer é, no essencial, o de construir uma equipa. O Benfica tem diversas hipóteses para cada posição, com algum défice de qualidade em relação ao plantel do ano passado, mas acima de tudo com um imenso trabalho de integração por fazer. E não seria de esperar que estivesse feito em 15 dias. Como não seria de prever que os novos jogadores tivessem assimilado as ideias, os objectivos, os métodos, a táctica do treinador Jorge Jesus. Vi o Benfica a jogar com Luís Filipe no lugar do Maxi, César e Benito nas vezes de Garay e Siqueira, Talisca, a fazer de Enzo, etc.
Vi e tranquilizou-me um tanto ouvir, no final, Jorge Jesus a comentar que tinha recolhido «boas indicações» das prestações dos reforços chegados à Luz como também dos jogadores da equipa B convocados para a pré-temporada de 2014/15.
Muito trabalho, muita afinação, muita insistência, muita preparação física, muito sacrifício, muita entrega, muita concentração. E muito mais do que tudo isto, em doses ilimitadas, muito respeito e muito amor por aquelas camisolas."
João Paulo Guerra, in O Benfica
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