"Pela primeira vez desde que Luís Filipe Vieira manda no futebol do Benfica, o clube da Luz inicia uma temporada sob o signo do baixo astral. Houve épocas, especialmente antes de Jesus, em que o plantel não correspondia e qualidade - as equipas-maravilha, lembram-se? - e, mesmo assim, nunca faltou optimismo na casa encarnada. Hoje, por razões várias, a nação benfiquista vive a angústia de, no day after de uma temporada quase perfeita, não saber exactamente com que vai contar em 2014/15. Duas coisas, porém, parecem-me certas: A) O Benfica vai reduzir em muito a folha salarial; B) Vai realizar em encaixe sem precedentes.
E se toma estas medidas não será porque assim o deseja, mas porque a tal é obrigado...
Louve-se a lucidez de não querer viver acima das possibilidades, podendo hipotecar o futuro; assuma-se o desmantelamento de uma equipa que fica na história do clube; e, acima de tudo, pense-se no que falta para que o Benfica encare de frente a responsabilidade desportiva de estar no Pote 1 da Liga dos Campeões.
Os encarnados, se Gaitán e Enzo continuarem na Luz, precisam ainda, pelo menos, de um guarda-redes, um seis e um nove de nível internacional. Se os argentinos (o alguns deles) saírem, o estado de necessidade aumenta exponencialmente, uma vez que estamos a falar de duas unidades nucleares no conjunto de Jesus.
Para estas aquisições - de qualidade - o Benfica precisa de encontrar meios, sob pena de não só aprofundar a depressão colectiva dos adeptos, mas também de deixar o FC Porto - que está a praticar uma política de curtíssimo prazo, tão ousada quanto arriscada - fugir, e permitir a aproximação qualitativa do Sporting."
José Manuel Delgado, in A Bola
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