"Muito se fala das diferenças entre futebol moderno e do passado e do «antigamente é que era» ou do «agora é que é». Há transformações, muitas, na forma de encarar este jogo mágico desde os anos 60 (não é preciso ir mais atrás) até aos dias de hoje. A televisão, os milhões de euros, rublos e petrodólares, os estádios novos, as tácticas e técnicas, o trabalho físico, tudo se alterou nas últimas décadas. Mas, se há festa imutável e capaz de nos fazer viajar até tempos mais antigos, essa chama-se Taça de Portugal. O estádio é o mesmo, as matas do Jamor lá estão como sempre, o domingo começa cedo com piqueniques em família, leitões e bifanas, garrafões e minis para os adultos, sumos e águas para os miúdos. E sem ser saudosista, até porque sou um defensor da evolução, sabe bem voltar a estes recantos da memória. Um pouco como viver no reboliço cosmopolita e moderno da cidade mas não prescindir daquela ida à terra, à aldeia dos nossos avós, imutável, parada no tempo.
Portanto, para os que querem que a Taça deixe de ser erguida no estádio de Oeiras vão dar uma volta e pregar no deserto... das suas ideias. É aqui que ela tem de ser celebrada. Gozemos o futebol moderno nos restantes 364 dias mas deixemos este como está. Porque já não há festa como esta. E esta está bem assim."
João Pimpim, in A Bola
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