"1. Não gostei da atitude da equipa no jogo no Restelo, que poderíamos ter ganho facilmente e acabámos sujeitos a ter que ouvir e ler que um golo do Belenenses, que daria o empate, foi mal anulado. Mas até que ponto a posição do avançado azul que não 'interferiu' na jogada terá perturbado a acção do nosso guarda-redes? Há que recordar que no empate da 1.ª volta, bem como nos jogos de Alvalade e no campo do Marítimo fomos bastante prejudicados... Mas tudo isso passaria a segundo plano se a equipa não se tivesse acomodado ao sempre perigoso 1-0, passando a jogar a 10 à hora.
Admito que não deveremos cair no 'exagero' das grandes 'cavalgadas' das últimas épocas, sempre em alto ritmo à procura de (ainda) mais um golo. Mas abrandar e simplesmente controlar o 1-0 pode dar mau resultado. A nossa vantagem sobre Sporting e (principalmente) FC Porto é cómoda mas está longe de ser decisiva.
2. Foi um aniversário triste, o dos nossos 110 anos. Depois de Eusébio, deixou-nos outro dos campeões europeus, o grande capitão Mário Coluna, cujo funeral foi realizado precisamente no dia do nosso aniversário. Louvável a atitude da direcção, que esteve representada ao mais alto nível em Maputo e levou consigo os campeões europeus ainda vivos.
3. Já não é novidade mas continua a lamentar-se: a triste (e anti-Benfica) atitude dos No Name Boys, tão bons a apoiar incansavelmente a equipa como maus a 'angariar' multas para o Clube pagar, semana após semana. Já vai em 91 mil euros está época, tanto quanto a soma das multas (por mau comportamento dos adeptos) de FC Porto e Sporting. Na base dos castigos, sempre a mesma razão: petardos. Mais grave: a acção é premeditada, já que nos jogos europeus (os castigos aí poderiam passar por interdição do campo) eles se portam bem. Até quando?
4. Os resultados da equipa de futebol condicionam muito a apreciação da valia dos dirigentes dos clubes, esquecendo-se muitas vezes tudo o resto. Agora que o FC Porto está na mó de baixo já Pinto da Costa está a ficar velho e a perder qualidades. Penso que o grande sinal da quebra do clube está na demissão do seu administrador Angelino Ferreira, pelo que isso pode significar. A par das contas e da nítida menor valia da equipa. Mais do que a idade do presidente, que continua igual a si próprio..."
Arons de Carvalho, in O Benfica
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