"Depois de primeira parte fraca, que condicionou também a equipa nos amarelos, Benfica resolveu o jogo com entrada muito forte no segundo tempo. Aí, o V. Guimarães capitulou em definitivo com a expulsão de Blanco
O Vitória começou por tornar o encontro muito desconfortável para o Benfica. Estivesse com o bloco médio-alto ou o fosse baixando com o passar dos minutos, a agressividade mantinha-se elevada, vendendo caro às águias o tempo para pensar. Problema detetado há muito, essa fraca resistência a uma pressão mais incisiva só a espaços era compensada pela destreza de Tomás Araújo — António Silva ficou no banco — no passe vertical, num drible de Lukebakio ou no transporte de Ríos.
Sem ser capaz de estabelecer um domínio absoluto da partida, o Benfica atacou sobretudo pelo lado esquerdo, onde a irreverência de Prestianni contou com o apoio de Sudakov e de Dahl, hoje a oferecer (bem) maior profundidade do que o habitual. Na direita, onde o relvado também parecia mais irregular, Lukebakio foi pouco alimentado, apoiando mais até uma ou outra subida de Aursnes para o cruzamento do que tentando o 1x1. Entretanto, Pavlidis tentava colaborar, mas havia pouca chegada nos visitantes. Destaque apenas para um remate bloqueado na área a Prestianni (10') após cruzamento de Aursnes, uns quantos tiros de longe do argentino e uma única jogada ligada, em que participaram Ríos, Prestianni, Dahl e Sudakov, com o ucraniano a não conseguir acertar na baliza (34').
Sem conseguir atacar e estancar as saídas rivais, através da contrapressão, as águias protegeram-se com Ríos a fechar à direita sempre que Aursnes era obrigado a pisar terrenos mais centrais, replicando o que o norueguês faz com Dedic quando o bósnio está disponível. Controlando a largura, os minhotos ficavam limitados a remates de longe, de Arcanjo, Blanco e Samu, ora encaixados facilmente por Trubin ora longe da baliza.
Nos últimos minutos da primeira parte, os homens de Mourinho viram-se sobrecarregados de amarelos. Primeiro Pavlidis, depois Sudakov e Prestianni, com o ucraniano a arriscar a expulsão. Os dois últimos ficaram no balneário, com Barreiro a entrar para a posição 10 e Schjelderup para a esquerda.
QUARTO DE HORA IMPLACÁVEL
Mourinho fôra para os vestiários antes do apito para o intervalo para preparar as substituições e o discurso, e regressou de lá um Benfica muito mais dinâmico. O centro de gravidade dos ataques mudou para a direita e para Lukebakio, que em quatro jogadas consecutivas inclinou em definitivo a partida para a vitória dos visitantes. Aos 48', cruzou para um cabeceamento de Barreiro defendido por Castillo (Pavlidis falhou a recarga), aos 50' assistiu Ríos, mas o colombiano desperdiçou, aos 53', de livre, obrigou o guarda-redes a voar para a defesa e, finalmente, aos 54', num canto, colocou a bola na cabeça de Tomás Araújo para o primeiro golo.
Já dominado por um Benfica mais pressionante, o V. Guimarães capitulou logo depois. Dois minutos depois do 1-0, Blanco viu o vermelho direto por entrada dura sobre Barreiro. Aos 62', Luís Pinto ainda tentou reestruturar a equipa com três substituições, mas sofreu o 2-0 logo depois. Lukebakio respeitou a sobreposição de Aursnes, o norueguês cruzou para Barreiro, que falhou. Dahl puxou a culatra atrás e fuzilou Castillo, confirmando um primeiro jogo bem conseguido, crescendo na segunda parte, com a presença de Schjelderup.
Aos 87'. Schjelderup apelou ao remate de Enzo e Rego surgiu para a recarga. 3-0. Triunfo encarnado justo, construído na segunda parte, em que foi superior contra 11 e... 10."

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